Um representante de Estado em Rhode Island, nos Estados Unidos, propôs uma legislação para introduzir uma taxa nos jogos com conteúdos para adultos.
A ideia de Bobby Nardolillo é incluir uma taxa de 10 porcento em todos os jogos que recebam a classificação “M (Mature)” do ESRB, o organismo que trata de atribuir classificações etárias aos jogos lançados nos Estados Unidos.
O dinheiro recebido da taxa será encaminhado para as escolas, de forma a que possam financiar programas de aconselhamento e de saúde mental. A proposta da legislação surge poucos dias após mais um tiroteio numa escola dos Estados Unidos.
A 14 de Fevereiro, um tiroteio na escola secundária de Parkland, na Florida, causou a morte de 17 pessoas. A legislação de Bobby Nardolillo é apenas uma das propostas para lidar e evitar que situações destes se repitam no futuro.
“Existem evidências que as crianças expostas a videojogos violentos com uma tenra idade agem de forma mais agressiva de aqueles que não são,” disse Bobby Nardolillo. “Esta legislação daria às escolas recursos adicionais para ajudar os estudantes com essa agressão de uma forma positiva”.
“O nosso objectivo é tornar todas as escolas em Rhode Island seguras e em sítios calmos para os estudantes aprenderem. Ao oferecermos às crianças os recursos para gerirem hoje a sua agressão, podemos assegurar um amanhã mais seguro.”
O problema na argumentação e na lógica de Bobby Nardolillo é assumir que existe uma ligação directa entre videojogos violentos e tiroteios nas escolas. Calcula-se que apenas 20 porcento dos responsáveis por tiroteios nas escolas tenham jogado videojogos, aponta o USA Today.
Existem estudos que encontraram evidências que a exposição a jogos violentos aumentam a agressividade do jogador, no entanto, o efeito é temporário e não existem provas que o aumento na agressividade tem efeito a longo prazo nem tão pouco que leva a tiroteios nas escolas.
