Egos e imersão: Porque a Rockstar deixou de contratar atores famosos

O co-fundador da Rockstar, Dan Houser, revelou que a companhia deixou de contratar atores famosos para os seus títulos mais recentes, citando egos e a imersão dos jogadores.

Em conversa com o Vulture, Houser disse o seguinte:

“Já não contratámos atores conhecidos devido aos seus egos, e, mais importante, porque acreditamos que obtemos um maior sentido de imersão ao usar atores talentosos cujas vozes não reconheces.”

Houser falou mais especificamente acerca da sua experiência ao dirigir Burt Reynolds in GTA: Vice City, que, ao que parece, gritou “tirem este ‘bife’ daqui,” depois de uma discussão (Houser nasceu em Londres, Reino Unido).

Houser teve ainda de pedir a outro diretor para assumir as rédeas de GTA: San Andreas, depois de conflitos com Chuck D, dos Public Enemy.

Em jogos mais recentes, a Rockstar revelou uma tendência para contratar um elenco de vozes mais conhecidas para papéis mais pequenos – Danny Tamberelli (The Adventures of Pete and Pete) como Jimmy de Santa em GTA 5, para citar um exemplo.

A entrevista destaca ainda que o ator mais conhecido em Red Dead 2 talvez seja Graham Greene, que foi nomeado para os Óscares pela sua participação em Danças com Lobos. Houser apelida o trabalho de Greene no papel mais pequeno como “brilhante,” dizendo que a sua personagem, um chefe de tribo nativo-americano, está a “perder os seus direitos como Rei independente, sendo uma alma gentil nesse mundo violento.”

Durante o dia de hoje, ficamos a saber que RDR2 tem 500.000 linhas de diálogo e 300.000 animações, que os seus funcionários têm trabalhado 100 horas por semana no jogo para evitar um adiamento, que RDR2 terá mais de 60 horas de gameplay e que Red Dead Online será “tão robusto como GTA Online.”

O jogo será lançado para Xbox One e PlayStation 4 a 26 de outubro.


Abílio Rodrigues [of Rivia] é o editor de tecnologia do IGN Portugal, confesso amante de música e entusiasta do gaming no PC. Podes segui-lo em @KaikaneTR

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