Jane Tranter, a produtora executiva de His Dark Materials, insistiu que as novelas originais de Sir Phillip Pullman não são um ataque à igreja.
O elenco do mais recente drama da HBO estiveram presentes num painel da San Diego Comic Con, onde Tranter abordou a controvérsia em torno dos comentários religiosos relacionados com a trilogia, dizendo que os críticos fizeram “assunções” sobre os livros sem lerem o conteúdo.
“Nestes livros, Phillip Pullman não ataca a crença, não ataca a fé. Ele não ataca a religião ou a igreja em si,” disse a produtora, segundo o The Hollywood Reporter.
“Ele ataca uma forma de controlo em particular, onde existe uma tentativa deliberada de reter informações, manter as pessoas no vazio e não permitir ideias e pensamentos de liberdade.”
His Dark Materials é protagonizada pela atriz de Logan Dafne Keen, no papel de Lura, uma órfã que vive no Jordan College, em Oxford, e que um dia embarca numa missão de encontrar um amigo que foi raptado e descobre “uma rede sinistra que envolve crianças raptadas” e um “misterioso fenómeno chamado Dust,” segundo a sinopse oficial da HBO.
Embora a trilogia de Phillip Pullman seja uma fantasia, as suas histórias aprofundam vários temas como a física, filosofia e teologia, mas são os temas religiosos que deram o mote a várias críticas ao longo dos anos.
Em 2007, o primeiro livro de Pullman, Os Reinos do Norte, foi adaptado ao grande ecrã, A Bússola Dourada, filme protagonizado por Nicole Kidman e Daniel Craig. Alegadamente, a New Line Cinema expressou o seu medo de o filme não ser financeiramente viável devido à natureza sensível do tema, e dessa forma, o realizador Chris Weitz anunciou que não iria abordar os temas religiosos.
Ainda assim, o projeto conseguiu atrair um monte de críticas, que resultaram num falhanço comercial e crítico.
Pedro Ferreira é produtor de conteúdos do IGN Portugal. Podes segui-lo no Twitter