Trailer introduz Jared Leto como Morbius, da Marvel

O IGN tem o prazer de mostrar-vos o trailer de Morbius, da Sony Pictures, em primeira mão. Realizado por Daniel Espinosa (Safe House, Life), o filme conta com Jared Leto no papel do génio cientista Michael Morbius, um personagem da banda-desenhada da Marvel que por acidente, se transforma num monstro enquanto tenta desenvolver uma cura para uma doença rara na sua corrente sanguínea

“Morbius, o homem, é um personagem bastante complexo. Foi isso que me atraiu. Trata-se de alguém que vive com imensos conflitos na sua vida,” disse Leto ao IGN. “Nasceu com uma doença horrível e ao mesmo tempo, é uma pessoa extremamente dotada. Quando era jovem era muito curioso sobre a ciência e medicina e decidiu dedicar a sua vida a encontrar uma cura para a doença que o afligia, ajudando outros como ele ao mesmo tempo. Infelizmente, ao longo do caminho, algo corre mal.”

Considerando a carnificina que se segue no trailer, não estamos de todo a exagerar.

Na banda-desenhada, Morbius é conhecido como “Morbius, the Living Vampire” porque se transforma numa criatura tipo vampiro, com pele pálida, uma força e velocidade incríveis, visão noturna e uma sede de sangue necessária para sustentar a própria vida, mesmo não havendo nada nele de sobrenatural. Não é como Dracula, o que significa que não é uma criatura ancestral que se enfraquece perante alho, luz solar ou crucifixos. Trata-se de um trágico acidente da ciência moderna, que o transforma num monstro. Morbius começou como vilão do Homem-Aranha – um brilhante cientista tornado monstro, de modo semelhante a Lizard ou Doctor Octopus – mas depois de reconhecer aquilo em que se transformou, decidiu usar as suas habilidades, por mais estranhas que essas sejam, para ajudar pessoas como anti-herói.

O trailer sugere enormes ligações a outros filmes Sony do Homem-Aranha, com uma cena em que vemos um poster vandalizado do aracnídeo ou a aparição do Abutre (Vulture) de Michael Keaton. Vemos ainda uma rápida passagem dos títulos dos filmes Homem-Aranha: Regresso a Casa, Homem-Aranha: Longe de Casa e Venom, indicando que todos eles estão interligados. No entanto, tal como o Venom de Tom Hardy, o grosso do filme vai focar-se individualmente na origem do personagem principal.

Essa história é algo que os leitores dos comics vão reconhecer, até certo ponto, mas em grande medida é uma abordagem nova ao legado de Morbius. O que permanece intacto da banda-desenhada clássica do personagem é o dilema moral que incita a história. Ao procurar fazer o bem curando a própria doença, ajudando outros com o mesmo problema, acaba por ver a sua humanidade prejudicada porque a “cura” tem o desagradável efeito secundário de transformá-lo numa criatura horrível e sedenta de sangue.

Foi exatamente essa situação difícil e ambígua que atraiu Leto para o personagem.

“Há uma parte no filme em que Morbius diz que tem estado a morrer durante toda a sua vida e que agora se sente mais vivo do que nunca. “Penso que isso o resume na perfeição,” disse Leto. Ele é alguém que tem sido assombrado com esta doença horrível e ultrapassou vários desafios em busca da cura. E de repente, vê-se investido de uma força sobre-humana, que é incrível, mas que tem uma desvantagem associada. Existe um lado negro. Essa batalha entre a luz e as sombras é algo com que combate ao longo de todo o filme.”

Como podemos ver no trailer em cima, Michael Morbius consegue múltiplos super-poderes como resultado das experiências com o ADN de morcego, sempre com o objetivo de ultrapassar a sua condição. Consegue levantar um objeto incrivelmente pesado graças à sua força, move-se com grande velocidade e subtileza deixando para trás um trilho colorido, corta um cano de metal graças às suas garras afiadas e é capaz de analisar o ambiente em redor com ecolocalização. Trata-se de um conjunto invejável de capacidades, não fosse a insaciável necessidade de consumir sangue.

Mas foi esse elemento sombrio que permitiu que o personagem perdurasse no panteão das figuras icónicas da Marvel. Não existe nenhum outro como ele. Sim, Bruce Banner tem de conter a raiva de Hulk e Black Widow foi desafiada a ultrapassar a condição de assassina, mas nenhum outro tem de lidar com a incontrolável necessidade de comer outras pessoas para sobreviver. Mais especificamente, de beber a sua essência vital.

Com vários filmes baseados em personagens da banda-desenhada previstos a cada ano, Leto expressou apreciação para com a complexidade de Morbius e explicou porque o vê como uma figura que se distingue dos restantes.

“No interior de Morbius, existe uma pessoa que tem um código moral, de conduta. Existe uma boa pessoa. No final de contas é essa luta entre o bem e o mal. Veremos o que prevalece no final”, diz Leto. “É isso que eu gosto neste filme. Não desbravamos este caminho claro. Não há uma linha a separar o que está certo e o que está errado. Existe ali uma área cinzenta. E Morbius é uma pessoa imperfeita. Não é o super-herói do vosso avô. É uma figura complexa, que tem um monte de desafios pela frente.”

 

Na sinopse oficial pode ler-se, “Um dos mais envolventes e conflituosos personagens da Marvel chega ao grande ecrã com o vencedor de um Óscar, Jared Leto a transformar-se no enigmático anti-herói, Michael Morbius. Perigosamente doente vítima de uma perigosa disfunção sanguínea e determinado a livrar os outros do mesmo destino, o Dr. Morbius decide-se por uma jogada perigosamente aleatória. O que inicialmente parece ser um rotundo sucesso, logo se revela como um remédio potencialmente mais nefasto do que a doença.”

Morbius chega a 31 de julho aos EUA e Reino Unido, 30 na Austrália e provavelmente a Portugal também. Ao lado de Leto, no elenco estarão atores como Matt Smith, Adria Arjona, Jared Harris, Al Madrigal e Tyrese Gibson.

Share