De acordo com novos relatos, Christopher Nolan foi inflexível sobre o adiamento do seu thriller Tenet, querendo manter a data de 17 de julho, enquanto que o estúdio prefere o seu adiamento.
Tal como noticiado recentemente, Tenet foi adiado em duas semanas, de 17 para 31 de julho. Para compensar, a Warner colocaria novamente A Origem, filme também ele de Nolan, para honrar o 10º aniversário do filme.
De acordo com o New York Times, a Warner adiou o filme pois estava preocupada com o investimento em Tenet, enquanto que Nolan, fervoroso defensor da preservação da experiência de ir ao cinema, mostrou-se contra essa decisão. Segundo a mesma fonte, “As discussões representaram um momento difícil para a Warner: o Sr. Nolan é uma máquina de fazer dinheiro com provas dadas e o estúdio quer mantê-lo contente.”
Neste momento, e caso a Disney não volte a adiar o filme, Mulan será o primeiro grande filme de Hollywood a chegar aos cinemas, nomeadamente a 24 de julho. Caso Nolan “vença a batalha,” será Tenet a dar as boas-vindas aos espetadores.
Recentemente, Nolan escreveu um editorial onde defendia a experiência de ir ao cinema, com o título “Os cinemas são uma parte vital da vida social americana. Eles precisam da nossa ajuda.” O texto tem, obviamente, o povo americano como destinatário, mas existem certos pontos que são transversais
“Quando as pessoas pensam em filmes, as suas mentes pensam primeiro nas estrelas, nos estúdios, no glamour. Mas a indústria cinematográfica engloba toda a gente: as pessoas que trabalham na concessão de stands, que operam o equipamento, vendem bilhetes, reservam filmes, vendem publicidade e lavam as casas de banho nos cinemas,” escreveu na altura.
O problema é que o mundo vive um dos momentos mais instáveis e trágicos dos últimos anos, onde uma nova pandemia vai ceifando vidas e deixando outros fragilizados. Será que as pessoas se sentem confortáveis em voltar ao cinema nesta altura?
Pedro Ferreira é produtor de conteúdos do IGN Portugal. Podes segui-lo no Twitter
