The Last Campfire – O poder da bondade como ferramenta num videojogo

Apesar de actualmente ser conhecida especialmente pelo seu ambicioso empreendimento No Man’s Sky, que desde 2016 é apoiado com actualizações e novidades, a Hello Games é um pequeno estúdio britânico que começou a sua carreira em 2008 com um pequeno, mas incrivelmente divertido, indie chamado Joe Danger. Passaram 12 anos desde a estreia com esse jogo de plataformas e corrida em side-scrolling, mas a Hello Games voltou a mostrar o quão multifacetada é e como não vira a cara a um bom desafio, especialmente quando tem mensagens tão pertinentes a entregar. É precisamente isso que encontrei em The Last Campfire, um forte representante do termo indie nesta indústria.

Desenvolvido por uma pequena equipa de 3 pessoas, ocasionalmente ajudada por outros membros da Hello Games, The Last Campfire é uma experiência intrigante e que te poderá apanhar completamente desprevenido. No seu âmago, esta é uma aventura de estética colorida e simples, na qual uma pequena personagem dá por si num local estranho e terá de navegar pelos seus puzzles para conseguir voltar a casa. Mas mais importante do que o gameplay em si, o foco na bondade enquanto temática principal e o abordar de conceitos como a morte ou depressão faz com que The Last Campfire não seja somente uma experiência “cute” e simples para passar algumas horas. É uma espécie de conto infantil com mensagens para os mais adultos.

Com ocasionais segmentos que parecem ter sido inspirados no inovador jogo de perspectiva que vimos nos jogos Monument Valley da Ustwo, The Last Campfire desafia-te a percorrer locais misteriosos, nos quais terás de solucionar simples, mas engenhosos quebra-cabeças para entrar em novos locais e eventualmente chegar à última fogueira para cumprir a missão. Perdido num local desolado que parece tirar a vontade de viver a quem lá vai parar, The Last Campfire foca-se em temáticas como bondade, esperança e entre-ajuda para dar rumo à sua narrativa.

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