FIFA 23 – Análise

É o último ano de FIFA e EA Sports. O ponto final (com parágrafo, atenção) numa história com mais de duas décadas, mas como é que foi a despedida?

De forma muito resumida, FIFA 23 é como ver um jogo cheio de oportunidades, mas que termina 0-0. Por isso mesmo, e no espírito do desporto rei, decidi dar uma nota a cada um dos elementos em campo. Pensem nisto como as classificações do L’Équipe, mas para um videojogo.

Gráficos – 8/10

Muita parra, alguma uva

Há alguns detalhes e caras muito bem conseguidos em FIFA 23.

Tem sido uma âncora da equipa nos últimos anos, e mais uma vez apresentou-se a grande nível. Não teve nenhum rasgo de génio, mas, como qualquer craque, brilhou nos momentos decisivos: noites de Champions e jogos nos grandes palcos. Parece desleixar-se quando os holofotes não estão ligados (especialmente naquelas partidas de meio-dia…) e na Liga Portuguesa foi uma lástima.

Rafael Leão em FIFA 23.

Não obstante as limitações, voltou a dar a muitos adeptos momentos para mais tarde recordar. Não foi por ele que o resultado se manteve inalterado.

Jogabilidade – 6/10

Guarda-Redes, para que vos quero

Mais lento, mais metódico, mas com novas lacunas. Está melhor no passe e confia menos no drible para sair de situações apertadas, especialmente se tentar driblar apenas com o analógico esquerdo.

Surgiu nesta época com novos truques, como o Power Shot, que consiste num potente remate do meio da rua, que ainda leva algum tempo a carregar, correndo o risco de perder a bola para o adversário.

Menos eficaz a defender, foi quando jogou a Guarda-Redes que se notaram as maiores deficiências. Foi batido no poste interior com uma regularidade inverosímil e muitas vezes incapaz de defender um Power Shot.

E as trivelas? O próprio Ricardo Quaresma ficaria orgulhoso, porque nunca se viu uma época com tantos golos com a parte de fora do pé.

Foi mais forte do que nunca nas bolas paradas. Com o novo sistema, tinha o efeito do Juninho, as bombas do Cristiano Ronaldo, o panenka do Gaitán… deu para tudo. Fez lembrar os tempos de FIFA 2004, e, pelo menos no que diz respeito à opinião deste redator, foi uma aposta acertada.

É um jogador conhecido por mudar muitas vezes o seu estilo ao longo da temporada, através dos chamados patches, mas não surge tão bem neste início de época como em FIFA 22.

Modo Carreira – 5/10

Queria muito gostar deste jogador

Objetivo 1: AFC Richmond na Liga dos Campeões.

Queria mesmo gostar deste jogador, provar a todos que é o que tem mais potencial, mas voltou a mostrar porque é que não alcança voos mais altos. Repleto de bugs, parece ser o maior inimigo de si mesmo. Falha nas coisas maiores, como o AI a tirar dois jogadores da barreira quando se vai marcar um livre direto a 20 metros da baliza, e nas coisas pequenas, como o marcador a desaparecer aleatoriamente a meio da partida.


Continua…

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