MLB: The Show 23 – hora do jazz

Existe imenso refinamento no gameplay anual, interfaces refrescadas e até melhorias visuais. Existe uma forte qualidade no trabalho aqui apresentado, mas é tudo muito similar ao jogo anterior.

Vivemos numa era em que a Major League Baseball está a tentar internacionalizar o seu beisebol, procurando criar novos adeptos do desporto em todo o globo e tornar mais dinâmica a experiência de assistir a uma partida da MLB. A série de videojogos desenvolvidos pela Sony San Diego Studio faz parte desses esforços e diria que é quase impossível acompanhar a MLB e não sentir que estamos num momento especial deste desporto.

Com a ajuda de atletas como Mike Trout, Jazz Chisholm Jr., Fernando Tatis Jr., Ronald Acuña Jr. e especialmente Shohei Ohtani, a MLB está a conquistar maior espectacularidade, capaz de atrair multidões em todo o mundo. A recente World Baseball Classic 2023 foi um fenómeno de audiências em todo o mundo, e mostrou o incrível dinamismo ou adrenalina que uma partida de beisebol pode alcançar.

Com a temporada 2023 a começar amanhã, MLB: The Show 23 chega num momento especial, com imenso entusiasmo em torno do regresso da competição e beneficia com esse desejo de voltar a sentir as emoções da MLB. A edição deste ano chega com imenso refinamento, novidades de relevo e o reforço do principal modo, o Diamond Dynasty (é o FUT de MLB: The Show). No entanto, existe outro tanto que é herdado e o deixa muito próximo de MLB: The Show 22.

Desde os menus ao gameplay dentro do diamante, tudo é muito idêntico ao jogo de 2022, a palavra de ordem é o refinamento. Desde o gameplay de quem está a atirar a bola ao de quem vai bater, tudo foi refinado ou ajustado para dinamizar a experiência. Existe uma nova PCI com um taco, os timings de bater na bola foram ajustados, as interfaces para momentos como apanhar a bola no terreno e atirar para uma das bases ficou mais dinâmica (varia de acordo com o movimento e tipo de jogada), e é fácil perceber que foram feitas melhorias, mesmo que tudo pareça incrivelmente igual ao jogo anterior.

Com um modo Diamond Dynasty que arranca com melhores recompensas para quem se vai dedicar ao grind (as temporadas estão repletas de recompensas, mas terás de investir dezenas e dezenas de horas em jogos offline ou online), o novo modo Negro Leagues (modo história que presta homenagem aos maiores jogadores de cor antes de entrarem na MLB) merece elogios. São desafios como os Momentos, mas acompanhados de cutscenes que contam a história destes atletas que ajudaram a fazer história.

Modos como Road to the Show, March to October e Franchise estão de volta, com a mesma robustez do ano anterior e fazem com que MLB: The Show 23 seja um jogo facilmente recomendável para quem adora beisebol. Seja porque não existe alternativa ou porque tem qualidade para o justificar, as duas são válidas e depende de como o queres abordar.

MLB: The Show 23 é um jogo de continuidade, com imenso herdado da edição do ano passado, acompanhado por refinamentos que serão apreciados somente pelos mais dedicados e após longas horas no campo. O modo história focado nas Negro Leagues merece elogios e os ajustes feitos para dinamizar o gameplay também, tornam as coisas melhores do que na edição do ano passado, mesmo que tudo pareça demasiado igual.

Prós: Contras:
  • Refinamento do gameplay e interfaces dinamizadas
  • Diversos modos de jogo robustos, incluindo a novidade Negro Leagues
  • Uma forte recriação da experiência MLB
  • Alguns elementos visuais extremamente datados
  • Alguns ocasionais erros nas animações
  • Alguns loadings muito demorados, mesmo a jogar numa PS5
  • Demasiado próximo da edição anterior
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