FIFA 21 – Análise

A pouco e pouco o futebol vai retomando com um novo normal sempre presente, alguns campeonatos começam a permitir que os adeptos possam voltar aos estádios, que neste momento estão totalmente despidos, e assim abrilhantar um espetáculo que não vive sem as pessoas, tal como acontece noutras indústrias por esse mundo fora. É por estas e por outras razões que acredito que FIFA 21 é uma das entregas mais importantes da franquia, mesmo sabendo que esta sofreria pela iminente mudança de geração de consolas.

Os amantes deste desporto que continua a mexer com a vida de milhões, emocionalmente falando, vêem na franquia da EA um escape da realidade, um concretizar de sonhos, e é por isso que acreditam que “o próximo FIFA é que vai ser.” A verdade é que FIFA 21 traz escassas melhorias comparativamente com a entrega do ano passado, mas existem pequenas coisas que fazem deste um título melhor que o ano transato.

Começando com aquilo que encontramos dentro das quatro linhas, ou seja, aquilo que realmente importa, seja no mundo real ou no digital, FIFA 21 apresenta-se bastante semelhante a FIFA 20, principalmente para aqueles que olham para o simulador através de um prisma casual. Não foram implementadas melhorias visuais e a jogabilidade assemelha-se, apesar de existirem movimentos novos e alguns ajustes na inteligência artificial, como por exemplo, a forma como os avançados abordam o possível fora-de-jogo.

Se olharmos para aqueles que jogam com foco no competitivo, seja qual o modo de sua preferência, senti que equipa de produção realizou alguns ajustes a nível defensivo, transferindo o controlo para as mãos do jogador, ou seja, uma abordagem mais manual e menos automatizada. Não quero com isto dizer que defender está mais difícil, mas sim diferente, requerendo um pouco mais de perícia do que o normal. Até então, o grande diferencial estava naquele que abordava um ataque da melhor forma e que previa o movimento do adversário no processo defensivo, mas com FIFA 21 existe mais um processo a ser aperfeiçoado, a forma como defendes.

Desde há alguns anos para cá, FIFA Ultimate Team tem sido a jóia da coroa do título da EA, e apesar das várias críticas de ser um modo infestado por microtransações, este continua a usufruir de um monstruoso sucesso, ano após ano. Mais uma vez, não foram introduzidas grandes alterações, a orquestra funciona da mesma forma, seja na aquisição de jogadores ou nos modos de jogo.

No entanto, a produtora decidiu acabar com um dos elementos que, muito sinceramente, deixava-me bastante frustrado. Este ano, finalmente, os jogadores não acumulam cansaço e os consumíveis que lidavam com este problema foram retirados do jogo. Pode parecer que não, mas isto poupa algumas boas moedas e dores de cabeça, principalmente para aqueles que se mantêm longe dos FIFA Points. A cereja no topo do bolo seria terminar com os contratos, mas isso não acontecerá brevemente.

Dentro do modo FUT, tudo acontece como anteriormente. Trata-se de um modo de jogo online que vai recebendo suporte ao longo do ano, com novas cartas e com recompensas a serem resgatadas todas as semanas. Os modos de jogo que lá encontramos são exatamente os mesmos dos últimos anos, FUT Draft, Rivals, Squad Battles. E já sabem como se diz na gíria, em equipa que ganha, não se mexe.


Continua…

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