Kojima previu o futuro com história de Death Stranding

Death Stranding, o último jogo de Hideo Kojima, primeiro projeto a ganhar vida desde que inaugurou a nova Kojima Productions, foi um dos melhores jogos de 2019, surpreendendo o mundo com uma temática algures entre o apocalítico, surrealista e o satírico, com cenas e personagens carregados de significância cultural, especialmente tendo em conta os acontecimentos do mundo ao longo dos últimos anos.

Era fácil olhar para Death Stranding dessa perspetiva, a ideia da construção de muros, de isolacionismo, da separação das pessoas, faz-nos pensar que Hideo se inspirou em recentes acontecimentos do mundo para criar a história do jogo. No entanto, durante uma conversa recente com o IGN, o criador de Metal Gear confessou que foi exatamente o oposto. Embora o mundo lhe transmitisse os sinais, ao longo do desenvolvimento de Death Stranding, os eventos na vida real como que foram confirmando as suas suspeitas aos bocados.

O estado político dos EUA, o Brexit, e já muito depois de Death Stranding estar no mercado, o coronavírus, o confinamento e o isolamento das pessoas. Kenji Yano compara mesmo Hideo Kojima ao escritor japonês Sakyo Komatsu, no sentido de ambos terem a capacidade de prever o futuro. Podem conferir a curta conversa com ambos no vídeo de seguida.

Se não o fizeram na época, convidamos-vos a ler a nossa análise de Death Stranding, jogo que consideramos uma experiência “intensa e emocionalmente exigente, mesmo com a fabulosa banda-sonora escolhida por Kojima para acompanhar os momentos de viagem e contemplação de um mundo que embora belo, é vazio, como se se tratasse de uma criatura à espera de alma.”


Antigo residente de Azeroth, mudou-se para o mundo real para poder escrever sobre as coisas que o apaixonam. Desconfia-se sonhar ser super-vilão. Podes segui-lo em @Darthyo.

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