Call of Duty: Black Ops Cold War – Análise

Call of Duty é neste momento a referência dos shooters na primeira pessoa, título que lhe é atribuído há anos suficientes para garantir-lhe um lugar na história dos videojogos, aconteça o que acontecer num futuro, imaginamos nós, longínquo. E a verdade é que a entrega do ano passado, Modern Warfare, colocou a franquia num patamar ainda superior, com uma pequena ajuda do novo battle royale, Warzone.

E se um regresso ao passado resultou com a saga Modern Warfare, a Activision decidiu repetir a fórmula ao voltar às origens de Black Ops, com uma prequela intitulada Call of Duty: Black Ops Cold War que, tal como o nome indica, nos coloca em plena Guerra Fria, um período de grande tensão geopolítica entre a União Soviética e os Estados Unidos da América. Nesta entrega, e jogando pelo lado norte-americano, a nossa missão passa por impedir uma ameaça nuclear durante os anos 80.

Uma das principais características do modo campanha deste ano passa por dotar o jogador de poder de escolha em várias partes da narrativa, começando com detalhes do passado do protagonista, como escolher se somos um ex-KGB, FBI ou MI6, estabelecer algumas habilidades especiais, como carregamento mais rápido, e desta forma, moldarmos um pouco daquilo que será o enredo de Cold War.

Sem entrar em grandes detalhes narrativos, temos um modo história totalmente tradicional, com missões distintas entre si e, na grande maioria, repletas de ação e explosões, tal e qual a um filme de Michael Bay. Destaque ainda para as missões secundárias que emprestam um pouco mais de profundidade ao jogo, uma vez que, baseado nas provas recolhidas nas missões principais, o jogador terá de decifrar o caminho correto para que estas sejam bem sucedidas.

Trata-se de uma campanha bastante agradável de percorrer, mas com uma duração que infelizmente não ultrapassa as sete horas de conteúdo. Existe valor de repetição graças às escolhas que o jogador pode fazer no decorrer da ação, incluindo o seu final, ainda assim, o potencial para algo mais duradouro era imenso, o que denota a relevância que os restantes modos de jogos têm na conceção de um Call of Duty.

E pegando na parte mais “relevante” de Black Ops Cold War, estamos perante aquilo que nos é oferecido ano após ano. A vertente multijogador baseia-se praticamente nos modos de jogos existentes nas anteriores franquias, mas chega de cara lavada com novas armas, mapas, mas sinto que lhe falta alguma profundidade neste sentido, onde se pedia um pouco mais de variedade e escolha.


Continua…

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