The Nioh Collection – Análise

Durante a longa caminhada pelo fenómeno Souls, muitos foram aqueles que quiseram ingressar neste estilo tão próprio, optando por impor uma dificuldade elevada, mas justa, aos seus jogos. Temos a Deck 13 com Lords of the Fallen e The Surge, ou Star Wars com Jedi Fallen Order, contudo, nenhum estúdio fez um trabalho tão distinto e competente quanto a Team Ninja com a série Nioh, que chega agora à PlayStation 5 numa recompensadora coleção.

Nioh Remastered Complete Edition e Nioh 2 Remastered Complete Edition, unidos num pack que oferece horas e horas de conteúdo num estilo próprio e diferente do normal para um título do género. Tal como mencionei repetidamente nas análises individuais aos dois jogos (Nioh e Nioh 2) na geração anterior, este é “um clone, que de clone, tem muito pouco”, distanciando-se ainda mais da fórmula da From Software na sequela.

Na PlayStation 5 os dois títulos receberam algumas melhorias visuais, sobretudo o primeiro Nioh, numa versão quase equiparável à experiência obtida no PC. Ambas as versões contam com 3 modos: 4K Mode, Quality Mode e 120Hz Mode. Apesar de nos ser prometida uma experiência “definitiva”, identifiquei um verdadeiro vencedor e derrotado durante as minhas sessões com The Nioh Collection.

Comecemos pelo jogo original, aquele que mais tem a ganhar com esta passagem para a nova geração. Nioh corre na perfeição em qualquer um dos modos, até mesmo o de 120Hz, onde não notei qualquer tipo de queda de FPS, sacrificando apenas a resolução. Apesar de no meu artigo focado no 2.1 mencionar que os jogos não retiram praticamente nada desta nova opção, posso dizer que Nioh Remastered me deu uma chapada de luva branca, tornando-se num dos meus modos preferidos.

A fluidez alcançada com os 120Hz dá uma nova vida a Nioh, que já corria extremamente bem na PS4. Ainda assim, o Quality Mode é opção a ter em conta, melhorando imenso as texturas do título de 2017, com 60 FPS estáveis. Infelizmente o mesmo não acontece em Nioh 2, onde no fim do dia apenas um dos modos é o claro vencedor.

Nioh 2 já conta com uma versão Remastered em menos de um ano desde o seu lançamento original e talvez por isso se note que ao contrário de Nioh 2017, o processo de o elevar a um novo patamar de performance foi um pouco mais complicado.

O modo 120Hz é desaconselhado, revelando inúmeras quebras na taxa de atualização. Apesar de não ser uma variação tão frustrante como as que acontecem abaixo dos 60FPS, a verdade é que é suficientemente comum para prejudicar a experiência global.

Tal como acontece no primeiro, aconselho o Quality Mode, dando mais detalhes a todo o ambiente do jogo sobretudo em cenários distantes do jogador, sendo de todos os modos aquele que se mantém com uma taxa de atualização mais estável.

The Nioh Collection é uma das melhores coleções disponíveis na PlayStation 5, numa altura em que a oferta se prende maioritariamente por títulos crossgen, remasteres, com poucos exclusivos disponíveis no catálogo da consola. Com um combate único e mecânicas envolventes, tudo no período Edo que tantos adoram, numa fórmula viciante e extremamente recompensadora. A transição para a nova geração dá-nos novas opções, numa experiência totalmente personalizável que irá saciar os aficionados dos jogos de ação, com conteúdo suficiente para vários meses.

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