Dragon Quest 11: Echoes of an Elusive Age – Análise

A equipa da Square Enix, liderada pelo diretor Takeshi Uchikawa, acaba de dar à atual geração a sua obra mestra no que aos JRPG diz respeito, colocando novamente a veterana série Dragon Age primeiras páginas, encaixando este Echoes of an Elusive Age nos mais altos patamares do género, ao lado de nomes como Final Fantasy XV, Persona 5 ou Ni No Kuni 2.

Echoes of an Elusive Age encaixa nos mais altos patamares do género…

A série nascida na Enix, antes do casamento que lhe deu o Square, tem uma história respeitável, que lhe garante uma legião dedicada de fãs. Apesar disso, tem andado algo perdida nos últimos anos, isto no que à linha principal diz respeito, recentemente deram-nos o excelente Dragon Quest Builders, umas das minhas recentes obsessões, mas não foi há muito que andou meio que perdida pelos desafios dos MMO, depois de um excelente nono jogo ter sofrido com um lançamento fragmentado.

Dragon Quest XI é uma criatura diferente, ao mesmo tempo que toca em todas as notas tradicionais que um fã de Dragon Quest tradicional se habituou a esperar, tem um ar moderno e convidativo desde a primeira hora, apesar de no interior, continuar com a simplicidade e estilo oriental que sempre a caracterizaram. Arranca com um impressionante nível audiovisual, exacerbado nas figuras animadas, cores e ambientes, que são introduzidas ao som da orquestra de Tóquio, ao mesmo tempo que os créditos rolam salientando os principais nomes por detrás do projeto. Nestes destaca-se, claro, Akira Toriyama, esse mesmo, o criador de Dragon Ball.

Estes momentos servem de introdução à problemática, que envolve a invasão do reino de Dundrasil, mas principalmente do protagonista, que em DQ XI é apresentado “em branco”, para que a ele possamos associar as nossas iniciais. Apesar disso está lone de ser uma figura vazia. Desde bebé perseguido devido a uma misteriosa marca na mão, é na verdade a reencarnação do luminary, que acaba por ser acolhido por um pescador de uma pequena aldeia no meio da floresta, onde cuidam dele até ter idade para cumprir o ritual de iniciação, que passa por escalar uma rocha gigante, e partir para a descoberta do mundo.

Esteticamente Dragon Quest XI é deslumbrante, e isso vale para os nossos companheiros de viagem, e vamos acumulando vários, os monstros ou a própria constituição do mundo de Erdrea, local de imponentes castelos, dragões ou árvores flutuantes. Além de ser o mais belo, em escala é facilmente também o maior jogo da série, sendo que a alternância entre os combates, que são o elemento nuclear de qualquer Dragon Quest, e a exploração é muito fluída e rápida.

Sim existem alguns momentos em que nos fartamos de pressionar o mesmo botão em séries de confrontos com o mesmo tipo de criaturas, mas estas variam bastante de área para área, sendo que têm a vantagem de não estarem dependentes de um sistema de confrontos aleatórios, ou seja, as criaturas passeiam-se visivelmente pelo mapa, e por isso conseguimos evitar os combates se assim desejarmos.

A própria interação com o mundo é muito maior, podemos correr, “sprintar“, mas também saltar, praticar equilibrismo para alcançar áreas escondidas, ou até atravessar ravinas através de singelas saliências em torno de uma qualquer montanha ou muralha. Esse maior nível de interação e design abre espaço para um incentivo à exploração que nos recompensa com vários itens, eles que são tão essenciais para lidar com as aventuras deste género de RPGs.


Continua…

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