Jump Force – Análise

Foi durante a E3 2018, na conferência da Microsoft, que a Bandai Namco revelou um dos projetos mais entusiasmantes dos últimos tempos, principalmente para os amantes da animação japonesa. Com Goku, Luffy e Naruto, estava apresentado o maior crossover anime de sempre no panorama dos videojogos, num jogo de luta que, na altura, não sabíamos as proporções que iria tomar.

Mesmo para quem não segue de perto estas séries/filmes de animação nipónica, como é o meu caso (Dragon Ball e Samurai X, e é tudo!), este mash-up era visto com bons olhos, juntando alguns personagens que nos acompanharam na infância e outros que ainda hoje andam na ribalta. De qualquer das maneiras, era improvável que uma das melhores ideias de sempre se perdesse num caminho monótono e com vários elementos confusos e frustrantes. Certo?

Em termos narrativos, Jump Force está longe de impressionar, não só pela sua premissa básica, mas principalmente pela rotina entediante que nos coloca em lutas constantes sem motivo aparente. O objetivo é simples, perceber de onde vêm estes Venoms e eliminar esta ameaça que acabou por juntar o universo anime ao nosso Planeta Terra, assumindo o controlo de um avatar por nós criado e os vários personagens bem conhecidos pela maior parte dos jogadores.

Logo à partida, somos colocados num social hub, a base da Jump Force, juntamente com vários outros jogadores (ou sozinhos através do modo offline) e é a partir daqui que vamos escolher entre os modos de jogo – imaginem basicamente um menu principal, mas interativo. Seja percorrer o modo história de uma ponta a outra, batalhar com outros jogadores online ou jogar localmente contra um amigo, será sempre neste lobby que as coisas vão acontecer.

Numa rápida investida pelos vários modos, rapidamente descobrem que nos são dadas várias missões para fazer. Divididas em categorias, as secundárias permitem-nos ganhar XP, habilidades, recursos, entre outras coisas, enquanto que as “Key Missions” permitem-nos avançar na desinteressante narrativa. De qualquer das maneiras, e não fugindo muito ao género, tudo é resolvido através de batalhas.

Mas é ainda no modo história que denotamos uma das maiores falhas de Jump Force. Em todas as cutscenes, as animações de todos os personagens estão, de certa forma, miseráveis, principalmente as expressões faciais. Era de facto difícil pegar em todos estes personagens, com vários estilos de animação, e modelá-los num formato a três dimensões. Ainda assim, o resultado está fora do aceitável, e acaba por nos entristecer ao vermos estas versões de personagens tão marcantes como Naruto, Goku, Vegeta, entre muitos outros.


Continua…

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