Dragon Age 4 foi influenciado por um projeto Dragon Age cancelado

A quarta entrada da franquia da BioWare terá sido reiniciada em 2017, alegadamente influenciada por um projeto Dragon Age cancelado em que o estúdio trabalhava desde 2015.

O Kotaku avança que a atual versão de Dragon Age 4 começou a ser produzida sob o nome de código Morrison, enquanto que a versão cancelada era conhecida por Joplin. Morrison estará a ser criado através das ferramentas e código de Anthem e possui planos para uma “componente live service” desenhada para sustentar o gameplay e receita a longo prazo. O atual projeto estará a ser criado nos escritórios principais da BioWare em Edmonton.

Alguns dos produtores da BioWare terão dito que é possível criar um jogo Dragon Age através do códgio de Anthem e ter uma estrutura offline. No entanto, tudo indica que o jogo será apenas online, mas continuando maioritariamente a ser uma experiência single-player. Uma das pessoas próximas ao projeto diz que a história principal será desenhada como uma experiência a solo, enquanto que os elementos multijogador serão idealizados para manter os jogadores para o conteúdo pós-lançamento.

Algumas alegadas ideias para a componente multijogador incluem companions que podem ser controlados por outros jogadores, ou quests que mudam, baseadas nas escolhas dos jogadores em todo o mundo. Existem ainda muitas questões sobre a componente multijogador, com várias pessoas a adiantar que esta irá mudar muitas vezes até o jogo ser lançado.

Curiosamente, o projeto Dragon Age anterior, Joplin, não tinha estas componentes multijogador, e estava no caminho certo antes da equipa ser transferida para Anthem graças ao seu alegado processo de produção atribulado. Joplin terá começado a ser desenvolvido em 2015, após a expansão Trespasser. Com parte da equipa de Inquisition a trabalhar neste projeto, outra parte foi colocada na produção de Mass Effect: Andromeda.

Alegadamente, Joplin colocaria os jogadores na pele de espiões em Tevinter Imerium, a mais antiga nação humana em Thedas controlada por feiticeiros. Escolhas e consequências eram o foco, com um alegado ênfase no jogo de repetição, com várias áreas a mudarem ao longo do tempo e missões com ramificações baseadas nas escolhas dos jogadores. A maior parte do jogo estava focado em assaltos, e a equipa de produção estava interessada em utilizar mecânicas narrativas para que os jogadores persuadissem ou extorquissem os guardas.

A equipa de Joplin incluía o produtor executivo da franquia Dragon Age, Mark Darrah, e o diretor criativo Mike Laidlaw. Ao que parece, as ideias para o jogo entusiasmavam toda a equipa, e os líderes do projeto estavam focados em evitar os erros da produção de Inquisition.

Um ex-produtor da BioWare, que trabalhou em Joplin, terá colocado o projeto como “uma das melhores experiências de trabalho” que tiveram, acrescentando que a equipa trabalhava em algo “muito fixe,” um pouco mais pequeno que Inquision em escala, mas muito maior em termos de personagens e profundidade.

Infelizmente, Joplin terá sido colocado em hiato em 2016 quando a BioWare transferiu a equipa para o desenvolvimento de Andromeda, que foi bastante atribulado nos últimos meses, tendo sido cancelado quando essa mesma equipa foi para a produção, também ela atribulada, de Anthem.

Apesar do projeto Morrison mostrar sinais de ter começado praticamente do zero, alguns dos envolvidos dizem que a visão de Joplin terá moldado Morrison. Depois do reinício da produção de Dragon Age 4, Laidlaw e outros veteranos da franquia deixaram o projeto, com o diretor de arte de Inquisition a assumir o cargo de diretor criativo.

Se toda esta informação for correta, Morrison é Dragon Age 4: The Dread Wolf Rises. Dragon Age 4 recebeu um teaser no The Game Awards 2018, acompanhado por uma publicação no blog da BioWare.


Pedro Ferreira é produtor de conteúdos do IGN Portugal. Podes segui-lo no Twitter e Instagram

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