A Daedalic Entertainment reafirmou a vontade em publicar o novo The Lord of the Rings: Gollum na próxima geração de consolas, PlayStation 5 e Xbox Series X, além do PC, plataforma que já estava confirmada receber o jogo algures em 2021.
Representantes do estúdio conversaram com a revista EDGE para um especial da edição de fevereiro de 2020. Nele podemos confirmar que o estúdio decidiu optar por uma abordagem arrojada, tratando a personagem de Gollum da sua própria maneira.
“Tolkien nunca revelou as dimensões de Gollum como referência,” disse o diretor artístico Mathias Fischer. “Por esse motivo, nas primeiras ilustrações ele é gigante! É como um monstro que emerge dos pântanos.” A Daedalic ainda não revelou como será o aspeto de Gollum no jogo.
Se estão com receio do resultado, vão gostar de saber que o produtor sénior Kai Fiebig acrescentou que a versão do videojogo não vai desagradar às pessoas que viram os filmes, onde Gollum é interpretado pelo ator Andy Serkis.
A versão da Daedalic coloca-te no controlo de Gollum numa época em que a sua corrupção pelo One Ring está no máximo. As emoções que transmite são diferentes das que vemos nos filmes, onde Gollum é mais simpático e relacionável. Fischer revelou ainda que The Lord of the Rings: Gollum vai contar com os Nazgûl, embora não sejam aqueles que os amantes dos filmes reconhecem.
“Eles foram um desafio interessante porque está muito bem documentado onde se situam na narrativa global. A minha reação foi tipo ‘Raios, podemos usar os Nazgûl fixes? Acho que os nossos são os menos interessantes. São o guitarrista e baixista de uma banda. A boa notícia é que temos a possibilidade de torná-los populares.”
O especial da EDGE explica ainda como funciona o gameplay furtivo, a mecânica de dupla personalidade, explora a enorme dimensão dos níveis e como o jogo se afasta da violência que tem dominado os títulos da franquia. A personalidade de Gollum será particularmente interessante e resultará em momentos de escolhas difíceis ao longo do jogo.
“Não é apenas uma escolha entre Sméagol ou Gollum, representar Gollum como uma entidade não é assim tão simples. Cada personalidade está a ser atacada pela outra e cada uma tem de defender-se”, explicou o game designer Martin Wilkes.
“Terás talvez dois, três ou quatro conflitos por capítulo, que vão depois conduzir-te a uma decisão final. E será nesse ponto de decisão final que vão ter mais dificuldade em escolher Sméagol, por exemplo, se lutaram sempre pelo lado de Gollum.”
Finalmente, o CEO da Daedalic, Carsten Fichtelmann, disse que o estúdio aponta ao desenvolvimento de dois ou três jogos assentes na Terra Média. “Obviamente não Gollum 2. Isso não faria sentido. Pode ser outro personagem. Mas será comparável com o que temos feito com Gollum.”
Aníbal Gonçalves é um tipo normal e desinteressante, que tem a sorte de ser apaixonado por um monte de coisas interessantes. Podes segui-lo em @Darthyo.
