Nioh 2 – Análise

“P

ersonalidade, diferenciação e essência, palavras que uso para descrever um outro clone de Dark Souls, que na verdade, de clone tem muito pouco.” Foi assim que resumi Nioh, o primeiro grande jogo inspirado na série da From Software, com uma /essência e características que o tornavam único e igualmente prazeroso.

Estamos em março de 2020 e não existe melhor elogio que dizer que a sequela trata tudo aquilo que de melhor o primeiro jogo nos deu, elevando a um estilo próprio e traçando o seu próprio rumo, distanciando-se ainda mais das características de Souls.

Desta vez não contamos com William como protagonista, mas sim Hide, uma personagem moldada a nosso gosto naquele que é possivelmente o melhor sistema de character creation presente num videojogo. Existe um particular sentimento de “nosso”, que só não se evidencia mais por causa da narrativa.

Ao contrário do primeiro, o início de Nioh 2 não tem um rumo claro, deixando a narrativa um pouco solta na primeira metade do jogo. Estamos a fazer algo, a matar alguém, a aniquilar bosses e a mexer com as forças do império do Japão, mas nunca com claras motivações, passando um sentimento de involuntariedade. Felizmente o segundo ato melhora, levando-nos ao encontro de velhos conhecidos e de locais mais devastadores que o original.

Se gostaram do vosso primeiro encontro com Yokais e Samurais, então vão adorar aquilo que a sequela tem preparada para vocês.

Outro dos elementos que interliga a história e gameplay, possivelmente o principal fio condutor, é que Hide é um Shiftling, um humano com características demoníacas capaz de usar e se transformar nos seus maiores inimigos, concedendo-lhe uma força sobre-humana e para os jogadores, motivos para sorrir de orelha-a-orelha.

Se gostaram do vosso primeiro encontro com Yokais e Samurais, então vão adorar aquilo que a sequela tem preparada para vocês. O gameplay mantem-se fiel introduzindo Yokai Abilities, dando a possibilidade de absorver as almas malignas (Soul Cores) garantindo-nos habilidades de inimigos e bosses que ficaram para trás, concedendo vistosos e devastadores golpes capazes de nos salvar nas situações de aperto.

Por fim o Yokai Shift, uma espécie de Devil Trigger (Devil May Cry) que nos /permite converter num demónio por tempo limitado, com um leque de golpes únicos a cada um de três tipos: Brute, Feral e Phantom.

Brute, como o próprio nome indica, é brutalidade em pessoa, focando-se exclusivamente na força como arma, empenhando uma gigantesca maça ao ombro. Feral foca-se na velocidade e na furtividade, sinónimo de destreza e perfeito para navegarmos e nos teleportarmos em torno de inimigos. Phantom, o mais ponderado, com ataques à distância que transmitem uma sensação de segurança que contraria os perturbadores rostos e garras ensanguentados.

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