Watch Dogs Legion Review – Somos todos hackers

Rebobinando para 2014, quando saiu o primeiro Watch Dogs, tinha escrito na review que, apesar de não corresponder às expectativas geradas no período pré-lançamento, a série tinha potencial para ser explorado no futuro. Seis anos depois, e com mais dois jogos lançados, será que a série atingiu finalmente todo o seu potencial escondido? Watch Dogs Legion, a entrada mais recente da saga, apresenta logo à partida uma mecânica que é o seu principal ponto de venda: podemos recrutar literalmente qualquer pessoa para se juntar ao DedSec, o grupo de hacktivistas que luta contra a opressão dos governos por meio de sistemas de vigilância avançados.

Depois do CTOS ter sido implementado em Chicago no primeiro Watch Dogs e em São Francisco na sequela, este sistema de vigilância que controla a população inteira de uma cidade surge numa nova versão em Londres. O DedSec está pronto mais uma vez para lutar contra a opressão, mas vê-se envolvido numa trama em que acabam acusados de terem planeado um ataque bombista à cidade. Os membros do grupo acabam por ser perseguidos e presos, sobrando apenas a tua personagem. A tua missão é recuperar e reactivar o DedSec recrutando novos membros para o grupo. Qualquer pessoa que encontres a vaguear pela cidade de Londres é um potencial recruta: polícias, enfermeiros, construtores civis, bartenders, hooligans, jornalistas, e até actores pornográficos.

Há pessoas mais fáceis de recrutar do que outras. Enquanto em alguns casos podes conversar com a personagem e receber logo a missão de recruta (que consiste sempre num favor), outras são mais difíceis. Há pessoas que não gostam do DedSec e requerem que as espies para aprender de que formas podes seduzi-las para o teu grupo de hackers. Cada pessoa tem uma tabela de horários que podes seguir para saber em que sítio vão estar e a que horas. É um conceito impressionante, mas não está livre de defeitos. Vais perceber que as pessoas até podem ser diferentes visualmente, mas que acabam por encaixar em algum arquétipo já definido previamente. Por outras palavras, não existe uma variedade ilimitada de personagens. Além disso, as missões de recruta são pouco variadas.

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