Vídeo de criança a ser banida de Call of Duty: Warzone era falso

Na semana passada, um vídeo do utilizador RowdyRogan circulou no Twitter. No clip, podíamos ver Rogan, uma criança de 6 anos, a jogar Call of Duty: Warzone com o pai, e surgia no ecrã uma mensagem a dizer que a conta tinha sido banida. Apesar da popularidade que o vídeo ganhou, os pais de Rogan já admitiram que o vídeo era falso, e foi feito para uma competição cujo prémio era a entrada no FaZeClan, conhecida organização de esports.

Para quem não conhece RowdyRogan, trata-se de um rapaz de 6 anos que faz livestreams de Call of Duty: Warzone no Twitch, onde já acumulou cerca de 95 mil seguidores. Na passada quinta-feira, um vídeo de Rogan a descobrir que a conta tinha sido banida recebeu mais de 3 mil retweets no Twitter. No vídeo, é possível ver o rapaz e o seu pai claramente emocionados e transtornados com a situação.

Lágrimas de crocodilo, pelos vistos, uma vez que a mãe já veio desmentir o vídeo todo na conta de RowdyRogan. Na verdade, esta era apenas a etapa final de um concurso organizado pela FaZe Clan, no qual Rogan tinha entrado. Como tarefa final, Rogan tinha de criar um vídeo ou algum tipo de conteúdo viral. Os pais de Rogan – que são também os seus agentes – tiveram assim a ideia do vídeo. Na verdade, o que vemos no clip é apenas uma mensagem que fora editada e lançada no stream, na mesma altura em que a mãe de Rogan entrou na sua conta através de outro computador, de modo a que este saísse do jogo.

Após a publicação do vídeo, a #FreeRogan cedo começou a circular, com centenas de manifestações de apoio ao jovem jogador.

No dia seguinte, foi publicado um vídeo no YouTube, onde a mãe de Rogan, explica que isto de facto se tratava apenas de um concurso – o FaZe5 challenge. Pediu aos jogadores para não atacarem a Activision, uma vez que a produtora de Call of Duty não fizera nada de errado. Disse ainda que percebe que alguns seguidores, que foram enganados de modo a apoiarem Rogan neste concurso, fiquem desagradados com o engodo lançado pelos pais.

O CEO da FaZe, Lee Trink, não parece condenar a ação dos Rogan. Afirma que “o que os finalistas decidem fazer com as tarefas e a forma como abordam cada desafio” são critérios de decisão no concurso. De resto, não dá qualquer tipo de juízo – positivo ou negativo – sobre a ação dos pais.

Por enquanto, é tudo o que sabemos. Rogan continua a fazer livestreams – tanto o pai como o filho – e ainda não se sabe se conseguiu o seu lugar nos FaZe Clan. A situação não deixou de causar estranheza a alguns fãs, que criticam a forma como os pais gerem a carreira de uma criança de 6 anos.


Gonçalo Taborda nasceu a chorar, estudou para falar e viveu a jogar. Foi ele que inventou esta frase e orgulha-se muito disso. Adivinhou a plot twist do SW:KOTOR antes do final da história e chegou a Silver V no LoL, por um dia. Podes segui-lo no Twitter: @OMelhorTaborda

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