Hitman 3 – Análise

Hitman 3 marca o capítulo final da nova trilogia do Agente 47, com a IO Interactive a redobrar a aposta na fórmula que foi aperfeiçoando nos anteriores títulos da série. O terceiro capítulo não reinventa a roda, mas pega nos seus pontos fortes e redobra a aposta nos mesmos, através de 6 novos níveis meticulosamente criados e incrivelmente detalhados.

Somos atirados para a ação de uma forma absolutamente arrebatadora, estreando a nossa aventura em Hitman 3 no Dubai, uma missão que segue o formato clássico da série: dois alvos para abater, inúmeras formas para fazê-lo. Por entre multidões que se juntaram na inauguração daquele que é o edifício ficcional mais alto dos Emirados Árabes Unidos, é nos colocado um puzzle à frente, que podemos completar de inúmeras formas, tudo a cargo da nossa imaginação e criatividade.

Ao longo de (quase) todos os níveis foi-me proposto a realização de missões de história, que não só servem de guia para os nossos objetivos, como também oferecem pequenos vislumbres sobre o enredo ou sobre os nossos alvos. Na missão de Dubai em particular, o nosso operativo pede-nos para piratear um servidor, de forma a reagendar uma reunião para juntar os nossos dois alvos. Depois de algumas acrobacias pelo exterior do edifício e de um par de trocas de roupa, fico com os alvos à mercê… para eliminar com uma bola de golfe explosiva.

Sim, uma bola de golfe explosiva, porque ouvi os lamentos de uma funcionária do hotel, que se queixava de impulsos de raiva, o que a levou a criar a improvável ferramenta mortal. Felizmente para ela, acalmou-se e decidiu escondê-la, infelizmente para os meus alvos, eu ouvi a conversa que revelou o esconderijo da bola.

Estes pequenos detalhes abundam pelos níveis do jogo, e em todos os momentos recompensaram a minha paciência e imaginação. Em Hitman 3, a morte é um banquete, cabe-nos preparar o menu.

Hitman 3 começa com um nível básico, o que nem de perto nem de longe significa que seja mau, mas quando comparado aos seguintes, é fácil considera-lo quase como um tutorial. As grandes surpresas vêm depois, com a IO Interactive a mostrar o seu forte – a criação de mundos credíveis, detalhados e vivos.

A segunda missão leva-nos até Dartmoor, uma mansão inglesa que nos apresenta um novo desafio: Um autêntico jogo de Cluedo, onde temos de descobrir o responsável de um assassinato entre a família Carslile. É todo um ambiente de mistério fantástico, por entre corredores forrados a pinturas de óleo, passagens secretas e buracos nas paredes, feitos para os habitantes da mansão se espiarem entre si.

Mesmo com o meu alvo à mercê, não consegui evitar perder horas à procura de respostas, completamente agarrado à resolução do mistério, que em última análise, até me ajudou a completar a minha missão, deixando a matriarca da família perigosamente perto de um parapeito.


Continua…

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