Elden Ring eleva fórmula Souls a outro patamar – Antevisão

Passaram 5 meses desde que assistimos ao trailer gameplay de Elden Ring, sensivelmente 3 minutos de vídeo que saciaram aqueles que há muito aguardavam por novidades, após mais de um ano em total silêncio. O anúncio da colaboração entre George R.R. Martin, escritor de Game of Thrones e Hidetaka Miyazaki o criador de Demon’s Souls, Dark Souls, Bloodborne e Sekiro, gerou uma rara onda de entusiasmo entre a comunidade, e agora que tivemos oportunidade de experienciar em primeira mão essa visão, podemos assegurar que é justificado.

Elden Ring apresenta-se como o culminar daquilo que a Form Software absorveu e aprendeu nos últimos 10 anos, a evolução natural de Dark Souls 3, com as lições retiradas de Sekiro e Bloodborne. Se são fãs do género, se não tiveram oportunidade de jogar no Network Test, o meu conselho é simples… fujam. Evitem ler sobre o jogo, não assistam a trailers, ignorem o que a internet vos quer vender e experienciem-no por vocês mesmos. É um pedido difícil de fazer, mas garanto-vos que irão desfrutar muito mais.

Com isto dito, se ainda estiverem a ler este texto, existem muitos pontos a reter deste gigantesco período experimental. Há anos que faço antevisões de videojogos, que os testo antes do tempo de forma a escrever textos como este mesmo, e nunca antes havia saído tão positivo e com tanta vontade de voltar a um mundo como o de Elden Ring.

Pode soar estranho, mas comparei-o imenso a The Legend of Zelda: Breath of the Wild, à forma como o mundo está construído, à sinergia dos diferentes elementos, mas sobretudo a um fator que me marcou no exclusivo da Nintendo; a singularidade de cada experiência.

(…) nunca antes havia saído com tanta vontade de voltar a um mundo como o de Elden Ring.

A minha jornada iniciou-se imediatamente com o Tree Sentinel a galopar imponentemente arrastando a sua gigantesca lança, muitos outros jogadores acabaram por ir para a praia à esquerda e depararam-se com estranhas criaturas marinhas retiradas dos mais profundos pesadelos, os demais dirigiram-se para o pântano governado por caranguejos gigantes e zombies deambulantes, presenteados repentinamente com um dragão negro decidido a travar o seu progresso.

Estas diferentes experiências, a ramificação da narrativa e progresso de cada jogador unificam-se naquilo que considero ser o mais belo elemento de Breath of the Wild, e ver todos eles presentes em Elden Ring deixou-me entusiasmado. Ver a comunidade a partilhar tudo aquilo que viveu e sentiu a partir de uma pequena amostra do que será o jogo no lançamento, elevou ainda mais as expectativas, já elas altas por sinal.

(…) este não é um jogo de George R.R. Martin, é um título de Hidetaka Miyazaki…

Uma coisa ficou clara, este não é um jogo de George R.R. Martin, é um título de Hidetaka Miyazaki, numa fórmula revigorada que une aquilo que foi concebido nos seus títulos anteriores. Não avancem para Elden Ring com a esperança de ver uma narrativa concisa e clara, com um enredo ao nível de Game of Thrones simplesmente por contar com a colaboração do seu criador.

A essência de George R.R. Martin sente-se mais na construção do mundo e daqueles que o habitam e não tanto no lore e história. Na sua essência pode ser descrito como um Dark Souls de mundo aberto, com encontros dinâmicos e um mundo rico, repleto de segredos para encontrar. Mas é ao mesmo tempo mais que isso, sintonizando-se na perfeição com a tradicional jogabilidade do género.


Continua…

Share