Ao longo das últimas horas têm sido publicadas várias imagens e vídeos de videojogos, falsamente atribuídas à situação na Ucrânia.
Algumas destas imagens foram alteradas propositadamente de forma a torná-las semelhantes a coberturas noticiosas, induzindo em erro os seus espetadores. Outras imagens estão simplesmente a ser utilizadas como uma forma de receber atenção nas redes sociais – mesmo que de forma não intencional, este tipo de publicações podem ser partilhados sem qualquer contexto, espalhando desinformação.
De acordo com a Bloomberg, foram utilizadas imagens alteradas do gameplay de Arma 3, falsamente atribuídas ao combate na Ucrânia. No Facebook e no Twitter, estes vídeos foram removidos, mas apenas depois de terem recebido milhares de visualizações.
Noutro exemplo, o analista geopolítico Michael A. Horowitz publicou e depois apagou um vídeo daquilo que aparentava ser um combate aéreo entre uma aeronave russa e outra ucraniana, mas que acabou por ser revelado como um vídeo do simulador DCS: World.
I have deleted footage of a plane being shot down above Kharkiv as it seems to be from a video game.
That’s a very realistic one.
Sorry for the mistake
— Michael A. Horowitz (@michaelh992) February 25, 2022
As imagens e videos de jogos são apenas uma parte do puzzle de desinformação, e algumas redes sociais já começaram a tomar medidas para colocar um travão neste fenómeno. O Facebook lançou um centro de operações especiais para combater a desinformação, o discurso de ódio e para oferecer medidas de privacidade especiais aos utilizadores ucranianos.
Neste período sensível, é recomendável algum ceticismo na abordagem a este tipo de conteúdo. A BBC ofereceu algumas recomendações para descortinar notícias falsas, que incluem a verificação de fontes, o tipo de linguagem utilizada, ou a legitimidade da conta que as veicula. Caso te depares com publicações falsas, todas as plataformas de redes sociais incluem ferramentas para denunciar este tipo de conteúdo.
Há várias organizações humanitárias que estão neste momento a aceitar donativos ara ajudar o povo Ucraniano afetado pela guerra, entre elas a Save the Children, UNICEF e Project Hope. O Expresso também publicou uma lista de organizações que visam ajudar a Ucrânia, país que está a ser alvo de uma invasão russa.
Pedro Pestana é viciado em gaming, café e voleibol, sensivelmente nesta ordem. Podem encontrar alguns dos seus devaneios em @pmnpestana
