8 Principais Deuses que Kratos eliminou

À primeira vista, serão perdoados em pensar que Kratos não é um herói tradicional, guiado por um sentido de moralidade que um jogador “normal” pode compreender e seguir. O protagonista de God of War é frequentemente descrito como uma máquina unidimensional de espalhar violência gratuita, no entanto, como os conhecedores da franquia bem sabem, há uma história trágica a comandar os seus atos, motivos para este se comportar de forma descontrolado, e múltiplos momentos, ao longo dos jogos, em que Kratos contempla as próprias ações.

Resumidamente, os Deuses em God of War estão longe do arquétipo de perfeição que as religiões apregoam. São egoístas, vaidosos, ambiciosos, sedentos de poder e até cruéis, não tendo qualquer consideração pelo sofrimento humano, especialmente se esse estiver entre eles e os seus objetivos. Na galeria de seguida podem recordar todos os deus que Kratos matou ao longo da primeira era da série, antes da transformação que ocorreu com o “reboot” de 2018, que viu o protagonista em busca de uma nova vida, a norte da europa, como um homem comum e um filho (Atreus) a seu encargo.

God of War (2018) acrescentou mais uma série de vítimas ao repertório de Kratos, alguns deles figuras importantes da mitologia nórdica, que trarão certamente consequências para Kratos Atreus na sequela God of War Ragnarok. Em homenagem à longa história do protagonista, preparamos uma lista com os principais Deuses caídos às mãos do Deus da Guerra ao longo de toda a franquia, tendo em consideração critérios como o desenvolvimento narrativo, a espetacularidade da batalha, a posição dos Deuses na hierarquia divina e claro, a dificuldade mecânica do confronto. Admitimos a subjetividade das escolhas, um atestado da qualidade da série da PlayStation.

Ares (God of War)

O principal antagonista do primeiro jogo da franquia e o Deus da Guerra original não podia faltar nesta lista. Foi ele quem enganou Kratos, deu-lhe as famosas Blades of Chaos e convenceu-o a matar a sua família, abrindo caminho para a trágica fúria que reconhecemos no antigo Ghost of Sparta.

Foi depois de eliminar Ares, atravessando uma espada no seu peito numa das mais brutais boss battles do jogo original, que Kratos assumiu o lugar de God of War. A partir desse dia, nada foi igual para Kratos, que obteve a sua vingança, para o estúdio de Santa Monica e para o mundo dos videojogos.

Thanatos (God of War: Ghost of Sparta)

Thanatos é o Deus Primordial da Morte e principal antagonista de God of War: Ghost of Sparta, o spinoff de sucesso da PSP, a veterana consola portátil da Sony. Mais tarde o jogo seria lançado como God of War: Chains of Olympus na PlayStation 3 como parte da God of War: Origins Collection.

Como um deus primordial, Thanatos é anterior a Zeus e um adversário formidável que Kratos enfrenta com a assistência do irmão, Deimos, que reencontra e com quem se reconcilia ao fim de vários anos. É Thanatos quem acaba por matar o irmão de Kratos e com isso incitar a sua fúria, revelando no processo que é Kratos, e não Deimos, o verdadeiro Marked Warrior, destinado a destruir o Olympus.

Cronos (God of War III)

Banido por Zeus, o próprio pai, para os Pits de Tartarus, o Rei dos Titãs confronta Kratos pelo assassinato de Gaia, pela abertura da caixa de Pandora que alimentou a paranoia de Zeus, e por matar Ares guiado por um mero capricho de vingança.

Trata-se de uma das batalhas mais visualmente espetaculares de God of War III, que nos leva a percorrer o corpo de Cronos eliminando hordas de oponentes pelo caminho, até alcançar os pontos fracos do Titã, terminando com a Blade of Olympus atravessada no centro da sua testa.

Poseidon (God of War III)

Poseidon, o Deus dos Oceanos e dos Sete Mares é um dos oponentes mais formidáveis de God of War III, um inimigo que Kratos tem de enfrentar desde cedo na aventura, sendo uma batalha dura porque quando o confronta, ainda não tem as vantagens concedidas pelo sistema de progressão.

Infetado pela Pandora’s Box, Poseidon não deixou alternativa a Kratos, que com a assistência de Gaia e numa espetacular batalha de diferentes fases, o Deus da Guerra consegue arrancar Poseidon de um escudo de formas marinhas. Segue-se um dos momentos mais violentos do jogo, onde chega a ser difícil obedecer aos comandos de uma série de Quick Time Events em que Kratos espanca Poseidon violentamente, terminando cegando-o e devolvendo-o ao mar.

Zeus (God of War III)

Depois de enganar Kratos e fazê-lo acreditar que eram aliados, o confronto era inevitável. Aliás, grande parte do ódio de Kratos para com os Deuses advém das ações do pai, Zeus, que tinha terminado com a vida do filho em God of War II.

É em God of War III que Kratos cai mais profundamente num estado de raiva e fúria para com os Deuses, regressando ao mundo dos vivos de modo a partir numa jornada para eliminar todas as entidades divinas, incluindo o Pai, Zeus, a derradeira batalha de God of War III. Depois de uma dura batalha com diferentes fases e perspetivas, Kratos dá-nos mais uma amostra de uma desmedida violência, espancando Zeus até cobrir de sangue o ecrã to televisor.

Magni (God of War – 2018)

O filho mais velho de Thor, e supostamente o favorito do Deus do Trovão, foi um adversário digno, mas que não conseguiu resistir à fúria do Deus da Guerra, nem mesmo com o apoio do irmão, Modi.

Kratos enfrenta os dois em conjunto, Modi acaba por escapar, tendo sido considerado um cobarde pelo próprio pai, vendo a sua vida terminar com uma lâmina atravessada na garganta, cortesia da fúria de Atreus. A inclusão de Magni é importante porque certamente trará consequências para Kratos em breve, quando Ragnarok chegar às prateleiras das lojas.

Sigrun (God of War – 2018)

Não é propriamente uma deusa e apesar de ser um objetivo secundário do jogo de 2018, Sigrun, a Rainha Valkyrie, vai ficar para a história da franquia como um dos mais duros desafios que os fãs tiveram de enfrentar. É inclusive possível argumentar que dentro do género em que se insere, trata-se de uma das boss battles mais desafiantes dos videojogos, que Kratos só pode enfrentar depois de derrotadas as anteriores oito valkyries.

Antes de tornar-se Rainha das Valkyries, Sigrun servia a anterior monarca, Freya, talvez a única capaz de se equiparar a ele em termos de poder. Depois do término do casamento de Freya com Odin, a antiga Rainha viu as suas asas serem removidas e foi banida para Midgard. Sigrun foi então nomeada Rainha, mas como Odin as condenou à forma física, elas acabaram corrompidas. Se achas que dominas God of War, experimenta medir forças com Sigrun, e volta para te vangloriares (merecidamente).

Baldur (God of War – 2018)

Baldur é o principal antagonista do mais recente God of War, do estúdio de Santa Monica, um inimigo que acompanha a jornada do jogador desde o início, até à conclusão da aventura.

A principal característica de Baldur e aquilo que o torna um oponente formidável para Kratos, é a sua irritante capacidade de recuperação, graças ao feitiço de proteção que o torna incapaz de sentir. Kratos é incansável na quantidade de golpes e pancadas que desfere sobre o aparente frágil Baldur, mas essas não parecem ter qualquer consequência, deixando Kratos, e o jogador, frustrado. Obviamente, no final das contas o Deus da Guerra consegue descobrir o único ponto fraco do Æsir God Of Light e acabar com ele, ação que terá consequências dentro de pouco tempo.


E agora… Thor.

God of War: Ragnarok é o capítulo que se segue na longa jornada da franquia de Kratos, tendo lançamento marcado para a PlayStation 4 e PlayStation 5 no próximo dia 9 de novembro de 2022. As reservas já estão disponíveis.


Antigo residente de Azeroth, mudou-se para o mundo real para poder escrever sobre as coisas que o apaixonam. Desconfia-se sonhar ser super-vilão. Podes segui-lo em @Darthyo.

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