One Piece: World Seeker – Análise

Quer sejam seguidores de anime ou não, certamente já ouviram falar de One Piece, uma série de animação que segue as aventuras do pirata Luffy e da sua divertida tripulação. É uma das mais populares em todo o mundo, o que não poderia passar ao lado da indústria dos videojogos, algo que foi acontecendo ao longo dos anos. No entanto, a ambição de One Piece: World Seeker era ímpar, mas ficou por aí.

Trata-se de uma história original, fora do caminho pela qual a série ruma, para lá dos 800 episódios exibidos desde 1999, e que por si só poderia adocicar o interesse daqueles que partilham uma paixão pelo anime e pelos videojogos. Publicado pela Bandai e produzido pela Ganbarion (estúdio com experiência nos jogos One Piece), oferece-nos um mundo fora dos oceanos e com duas personagens principais originais, Isaac e Jeanne.

Assumimos o controlo de Luffy, e só Luffy, numa aventura passada na Jail Island, uma ilha com uma história muito ligada aos piratas, que procuram incessantemente pelas misteriosas e poderosas pedras preciosas, bem escondidas pela mãe de Jeanne. Com o desenrolar da narrativa, o jogo vai perdendo interesse, pelas várias pontas soltas e missões que não encaixam entre si, deixando o interesse do jogo órfão das mecânicas de exploração e combate, bem como dos personagens que já conhecemos da franquia.

À medida que vamos passando de capítulo em capítulo, somos bombardeados com situações comuns dos habitantes da ilha, sendo estas utilizadas para preencher o vácuo narrativo. Somos uma espécie de bom samaritano, para ajudarmos a cumprir um propósito, mas que não sabemos bem qual. Algo relacionado com as pedras, com os piratas e com a Navy, mas que nunca nos sentimos intrigados e curiosos para saber mais, o que é uma pena.

Para além do caminho principal da campanha, existem missões secundárias que se baseiam na recolha de materiais espalhados pela ilha, coisas que serão posteriormente trocadas por equipamento ou materiais mais raros. Em toda a experiência que tive, não me vi interessado em despender tempo para resolvê-las, uma vez que não via a existência de um retorno que o justificasse.

Ora se a narrativa não me impressionava, nem a forma como as missões estavam fragmentadas, tudo se resumia à exploração e combate. Como certamente sabem, as habilidades de Luffy são em tudo semelhantes às do Senhor Elástico do Quarteto Fantástico, e à medida que vamos avançando no jogo, a exploração deixa de ser feita apenas pelo solo. Mas para isso, será necessário investir em algumas skills na aba de exploração da nossa árvore de talentos.


Continua…

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