Steam ‘não é realista’ para os produtores, segundo executivo da Ubisoft

O vice-presidente para as parcerias e receitas da Ubisoft, Chris Early, disse que o modelo de negócios do Steam não é prático em 2019.

Em conversa com o New York Times, Early disse que a Ubisoft decidiu deixar de vender os seus mais recentes blockbusters no Steam porque a Valve não cede no seu modelo de partilha de receitas, onde o Steam fica com 30% do preço de venda de um jogo.

“O atual modelo de negócios que eles têm não é realista,” disse ele.

“Não reflete onde está hoje o mundo em termos da distribuição de jogos.”

Early explicou que a decisão de não vender The Division 2 na plataforma da Valve foi tomada como parte de uma discussão de negócios mais abrangente na Ubisoft, sobre o lançamento de jogos no Steam.

No entanto, podem ser feitas certas observações em relação ao facto da Ubisoft ter listados os seus títulos mais recentes – The Division 2 e Anno 1800 – apenas na Epic Games Store e na sua própria loja online, o Uplay. Ambas as lojas permitem que a companhia fique com uma fatia muito maior dos lucros. A Epic Games fica com menos de metade das receitas exigidas pelo Steam aos produtores – apenas 12% – e chega mesmo a abdicar de 5% das taxas de royalties se o jogo usar o seu Unreal Engine.

Ao mesmo tempo, a Ubisoft fica com 100% das receitas de qualquer jogo vendido no Uplay, porque é a proprietária da loja.


Abílio Rodrigues [of Rivia] é o editor de tecnologia do IGN Portugal, confesso amante de música e entusiasta do gaming no PC. Podes segui-lo em @KaikaneTR

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