12 jogadores detidos na China por vender cheats

Ninguém gosta de batoteiros e o governo chinês tem um particular desdém por estes jogadores. Recentemente, 12 indivíduos foram detidos por vender um programa de cheats para Peacekeeper Elite, a versão chinesa de PUBG Mobile.

De acordo com um artigo publicado na Abacus, os indivíduos adquiriram o programa de cheats de forasteiros não identificados, para depois o vender no território chinês. As vendas eram efetuadas através de bitcoin.

O motor de cheats permitia que os jogadores tivessem vantagens injustas como mira automática ou uma visão melhorada, com indicação da localização dos adversários. A operação que levou à detenção do grupo foi celebrada como um sucesso, merendo pompa e circunstância das autoridades, tal como podemos ver nesta publicação, traduzida através do Google.

As autoridades chinesas estimam que esta operação ilícita tenha rendido cerca de 15 milhões de dólares. O grupo cobrava o acesso ao motor de cheats, que poderia custar algo como 1.30 euros por dia ou 25 euros por um mês inteiro. Ainda não é sabida a sentença que o grupo pode enfrentar, mas este caso não é o primeiro do género.

Em 2018, dois homens foram condenados a pelo menos um ano de prisão e ao pagamento de uma multa de 20 mil Yuans, algo como 2500 euros.

A China é o país mais rentável em termos de microtransações e jogos mobile, sendo responsável por mais de metade de todo o lucro mundial no setor. Peacekeeper Elite, também conhecido por Game for Peace é uma cópia praticamente idêntica de PUBG Mobile, com pequenas alterações para obedecer aos critérios chineses – sem sangue e violência exagerada.


Pedro Pestana é viciado em gaming, café e voleibol, sensivelmente nesta ordem. Podem encontrar alguns dos seus devaneios em @pmnpestana

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