NBA 2K21 – Análise

Num ano tão caótico e incrivelmente diferente, e com Kobe nos nossos corações, eis que o jogo que dá o mote para o início da próxima temporada da NBA chega sem existir um digno sucessor dos Toronto Raptors, equipa que venceu o ano passado o anel. As equipas encontram-se ainda na “bolha,” em Orlando, onde temos assistido a algumas das surpresas mais incríveis do passado recente, com apenas um dos principais candidatos do início da época, ainda de pé.

Sou um confesso fã da maior liga de basquetebol do mundo, mas a verdade é que o meu dia a dia já não me permite ficar acordado madrugada dentro para assistir aos jogos. Mas ainda assim, e muito por culpa da incrível performance que os Miami Heat impõem nos playoffs, o entusiasmo tem-me levado a perder boas horas de sono, e acredito que para muitos de vocês, NBA 2K21 acaba por vir agravar o tempo que passam na cama.

Com o final desta geração, os vários títulos desportivos acabam por demonstrar um enorme desgaste, nomeadamente no que diz respeito a novidades, talvez porque os recursos tenham sido alocados nas novas consolas, ainda é cedo para tirar esta conclusão. A verdade é que NBA 2K21 não é uma evolução do título do ano passado, conta com alguns ajustes aqui e ali (nomeadamente nos modos de jogo), mas entrega basicamente a mesma essência, grafismo e modos que 2K20.

Ainda assim, e para aqueles que gostam de percorrer o modo carreira com algum contexto, este ano fomos brindados com uma história, que não sendo brilhante, está lá. Se bem se lembram, o título anterior colocava o jogador numa equipa da NBA e por aí percorríamos o nosso caminho. Agora, vestimos a pelo de Junior e embarcamos numa aventura que começa na High School e passa pelo College antes de abraçarmos a liga de topo.

Tal como sugeri em cima, não estamos perante um suprassumo da narrativa, mas o facto de nos presentear com alguns momentos dramáticos e com escolhas significativas torna este modo um dos mais interessantes dos últimos anos na franquia, e se bem se lembram, era daqui que vinham grande parte dos tão desejados VC, a unidade monetária do jogo, que nos permite adquirir uma carrada de coisas, desde a evolução do nosso jogar até às carteirinhas do modo My Team.

E já que falamos deste modo, é com satisfação que vemos esta iteração distanciar-se das muito criticadas mecânicas introduzidas o ano passado, que fizeram os fãs pensarem que estavam num casino em Las Vegas em vez do Staples Center. Existem alguns ajustes, como por exemplo nas cartas de evolução, onde agora podemos escolher, de certa forma, o estilo de jogo de cada um dos basquetebolistas, e as Seasons, que servem como incentivo para o jogador voltar e concluir algumas tarefas em troca de recompensas.


Continua…

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