Xbox Series X – Análise

Foi uma história com muitas peripécias logísticas, em momentos levou-nos ao desespero e lá tivemos de aceitar a demora para deitarmos as mãos à Xbox Series X, fornecida pela Microsoft Portugal e carregada de títulos para pormos à prova a nova consola da Microsoft. Já diz o ditado, quem espera sempre alcança.

A primeira coisa que salta à vista ao abrir a embalagem é a simplicidade, qualidade constante e definidora da plataforma. A Microsoft arriscou num design pragmático, virado para a funcionalidade – Quando desembrulhada e colocada de pé, a Xbox Series X relembra os monólitos de Space Odyssey de Stanley Kubrick: Imponente, misteriosa e axiomática.

A curvatura côncava do topo esconde uma grelha com detalhes verdes, chave do seu sistema de dissipação de calor, que dá a ilusão de que a consola emana luz, mesmo quando está desligada. Nas suas faces frontais e laterais, apenas saltam à vista pequenos detalhes, sempre minimalistas: o botão para ligar a consola, outro para ligar comandos, uma entrada USB 3.2 e a drive para discos. Na parte de trás ficam as restantes saídas: Uma porta HDMI 2.1, 2 entradas USB, uma baía de expansão interna e uma entrada Ethernet.

Embora seja possível ter a consola em duas orientações, a verdade é que não faz sentido tê-la de outra forma que não na vertical. Não só o suporte da base é impossível de remover, como perde toda a sua elegância e imponência quando colocada na horizontal – de monólito passa apenas a mono, deselegante e sem lugar.

Um dos grandes trunfos da consola é a funcionalidade Quick Resume…

Mas se mencionei um adágio popular na abertura da análise, não faria sentido parar a meio, e a verdade que o que conta é o interior, e nesse capítulo, a Xbox Series X tem argumentos de peso para abrir, ou melhor, escancarar as portas da próxima geração.

São 12.1 teraflops de poder computacional que nascem do GPU RDNA 2, um processador com 8 núcleos AMD Zen 2, 16 GB de RAM, com um disco NVMe SSD de 1 TB a fechar o pacote. No que toca ao disco, temos 802 GB disponíveis, com o restante a ficar reservado para o sistema operativo da consola. Pode parecer muito, mas a verdade é que com a crescente dimensão dos jogos (Olá Call of Duty) rapidamente começa a ficar cheio. Neste sentido, já há à venda expansões oficiais para o armazenamento, embora não sejam propriamente baratas.

É possível armazenar os jogos da Series X numa unidade externa de armazenamento, mas apenas esses podem ser corridos a partir do seu disco interno, ou de uma expansão compatível. Com isto dito, deixo os restantes detalhes técnicos de parte, para quem realmente percebe deles a fundo, afinal o que realmente interessa é o significado de todos estes números e especificações.

Todo este arsenal tecnológico traduz-se em tempos de loading reduzidos e gameplay com uma resolução de 4K a 60 fps, com suporte para 120 frames por segundo. Este é o standard que a Microsoft quer definir para a próxima geração, sem deixar nenhum título para trás. Todo o catálogo beneficia de alguma forma das novas capacidades da consola, mesmo aqueles que não estejam especificamente otimizados para a Series X, com auto HDR os gráficos ganham outra vida e claro, os tempos de espera são reduzidos, em muitos casos, a meros segundos.

Convém lembrar que parar tirar partido de uma resolução de 4k até 120 FPS é essencial possuir uma televisão (ou monitor) que seja capaz de suportar a parada. É imprescindível que tenha uma entrada HDMI 2.1, para que consiga corresponder à capacidade da consola e da sua resolução nativa de 4K.

E antes de passarmos à experiência da consola em si, convém realçar um pormenor muito importante: a Series X é silenciosa, é muito fácil de nos esquecermos que está ligada quando está em repouso e mesmo quando estamos a jogar títulos que puxem mais por ela, mal damos pelo seu funcionamento. Um feito impressionante quando temos em conta o tamanho da ventoinha central, 130 mm para sermos exatos.


Continua…

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