Mario Party Superstars – Análise

Os clássicos tabuleiros que em criança fizeram as maravilhas dos encontros festivos com os amigos de infância foram agora aprimorados e recriados com gráficos modernos, com Mario Party Superstars a fazer reviver os momentos passados com a minha Nintendo 64 translúcida. Apesar da nostalgia, apesar da quantidade de minijogos e pequenas melhorias feitas face a Super Mario Party, existem muitos pormenores que se mantiveram retidos no passado.

Este é um daqueles casos em que se nota atenção e cuidado para com o feedback da base de fãs, algo refletido em inúmeros detalhes e alterações realizadas. O aumento do preço das estrelas de Toadette para 20 moedas, a possibilidade de acelerar a velocidade do texto dos NPCs, a capacidade de parar e retomar quando quiserem, modo online e acima de tudo, o fim da necessidade de Joy-Cons tradicionais, podendo ser desfrutado no modo portátil, uma boa notícia para quem conta com uma Nintendo Switch Lite.

Apesar de ser uma melhoria aos olhos de muitos, também remove uma das maiores forças de alguns dos títulos anteriores ao excluir controlos por movimento, que facilmente poderiam ser incluídos em minijogos do passado como Bumper Balls de Mario Party 2. No fundo, é uma carta de amor pelos títulos clássicos, pelos minijogos que nos divertiram por horas e horas diante de uma televisão, revigorados para a era moderna, mas limitados face à integração da Lite, a grande sacrificada do título de 2018.

Os tabuleiros contam com algumas alterações que ajudam a melhorar o ritmo do jogo. Sente-se a falta de mecânicas mais arrojadas, como a inclusão de dados únicos a cada personagem em comparação com Super Mario Party. Horror Land, Peach’s Birthday Cake, Space Land e todos os outros tabuleiros não conseguem acompanhar a qualidade de Whomp’s Domino Ruins ou Kamek’s Tantalizing Tower, mas nada disto é sinónimo de falta de qualidade ou divertimento em cada um deles, apenas não podem esperar as mesmas peripécias e pontos de interação como o antigo.

Sente-se a falta de mecânicas mais arrojadas como a inclusão de dados únicos a cada personagem em comparação com Super Mario Party.

Um dos grandes pontos a favor de Superparty é a inclusão de um modo online, uma das maiores ausências do título anterior. A simples possibilidade de não incluir bots torna o jogo mais fluído e equilibrado, uma vez que tal como acontecia em todos os outros jogos da série, estes não são propriamente os jogadores mais “justos”. Sendo esta uma série para ser jogada com amigos, é bom ver que finalmente o podemos fazer, mesmo à distância.

O valor de repetibilidade infelizmente não é o melhor. A Nintendo decidiu incluir stickers que vamos desbloqueando à medida que concluímos alguns desafios e os compramos na shop do jogo. Existem outras coisas, mas isto é o mais interessante que pode ser adquirido, sendo pequeno o incentivo a repetir os vários tabuleiros sem ser acompanhado por amigos.

Ainda assim, e isto pode parecer surpreendente, a inclusão destes autocolantes dá uma nova vida ao decorrer da partida, com cada jogador a conseguir colar as caricatas personagens do universo Mario com as suas expressivas emoções, perfeitas para refletir o nosso estado de espírito cada vez que alguém nos rouba as moedas ou estrelas, quando alguém calha numa casa com uma armadilha, ou até quando o jogo sofre uma reviravolta de última hora, algo que acontece mais vezes do que gostaria.

Graficamente Mario Party Superstars encontra-se muito semelhante a Super Mario Party, com recriações fiéis ao que encontramos na Nintendo 64, Nintendo Gamecube e restantes. Mesmo não sendo a consola mais poderosa do mercado, o carisma e contínua qualidade dos seus exclusivos acaba por nunca falhar.

Mario Party Superstars reformula muito do conteúdo que ajudou a moldar a série, que já conta com mais de 10 iterações, introduzindo funcionalidades há muito pedidas pelos fãs, como modo o online e a possibilidade de poderem jogar em modo portátil. Estas decisões formulam um jogo com inúmeros pormenores para apreciar, mas que o limita ao tentar apelar a todos. Ainda assim, este é um título essencial para todos aqueles que procuram um Party Game para encontros em família e amigos, compilando alguns dos melhores e mais divertidos minijogos de sempre da série.

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