The Smurfs: Mission Vileaf – Análise

É preciso começar esta análise com uma constatação de factos: The Smurfs Mission Vileaf é um bom jogo. E isto é algo que não pensei escrever quando peguei no comando para controlar os diminutos bonecos azuis. O OSome Studio não descansou à sombra da licença e criou um título que embora limitado, proporciona uma experiência de plataformas surpreendentemente sólida.

Os Smurfs (ou Os Estrunfes, em Português) são pequenas criaturas azuis, criadas por Pierre Culliford em 1958. Desde então que existiram sobretudo sob a forma de bandas desenhadas, livros e séries animadas. Na Vila dos Smurfs, habita um total de 107 Smurfs, cada um com traços de personalidade diferente (Smurfina, Engenhocas, Resmungão, Óculos, etc.). Mas existe um feiticeiro que ameaça esta pacífica população: Gargamel, e o seu gato, Azrael. Juntos, tentam roubar a magia dos Smurfs para o seu próprio proveito.

Findo o curso introdutório de Smurfologia, podemos passar a falar do jogo. Em The Smurfs: Mission Vileaf, uma misteriosa infeção espalhou-se pelas zonas verdes da Smurf Village e áreas em redor, contaminando as plantas. Trata-se de uma poção de Gargamel, que criou a Vileaf especificamente para Afetar os Smurfs. Cabe ao jogador embarcar numa aventura por cinco zonas distintas, e encontrar os ingredientes da poção que cura esta maldição.

Era uma vez…

Este enredo é-nos apresentado através de páginas de um livro, todas em rima, como se de um conto se tratasse. No final de cada um dos cinco capítulos, temos uma cutscene a resumir o que aconteceu previamente e a lançar a próxima parte da história. É o primeiro exemplo dos tributos que o OSome Studio faz ao material de origem neste título.

O visual do jogo é, desde logo, muito impressionante. Inicialmente, achava que grande parte da campanha se passaria na floresta, sem grandes mudanças de cenário. Mas, ao longo de Mission Vileaf, passamos por um pântano, um castelo, uma cozinha, uma escola, entre outros. As limitações orçamentais do jogo sentem-se, uma vez que grande parte das áreas são bastante fechadas, mas o detalhe colocado em cada zona é a prova de que a qualidade pode compensar a falta de quantidade. Os Smurfs em si estão fiéis ao que víamos nas bandas desenhadas – verdade seja dita, não existe muito espaço para inventar ou inovar no que toca ao visual de um Smurf.

A jogabilidade divide-se entre quatro Smurfs: Óculos, Chef, Smurfina e Valentão, divididos ao longo dos cinco capítulos. Infelizmente, a mudança de personagens não significa uma mudança de atributos. Isto porque o elemento principal de gameplay não são os Smurfs, mas sim o Smurfizer, um aparelho que emite gás e permite curar as plantas infetadas pela Vileaf.

Os quatro protagonistas de The Smurfs: Mission Vileaf.


Continua…

Share