EA Sports F1 22 – Análise

Fórmula 1 está de volta às consolas e PC, continuando a franquia que tem mantido a Codemasters na pole position em termos de simulação automóvel. Este ano, porém, algo mudou: a aquisição da Codemasters por parte da EA Sports tomou efeito, mudando o título para EA Sports F1 22. Será que a mudança de nome é acompanhada por uma viragem brusca de direção?

É de realçar que este é, na verdade, o segundo ano em que a Codemasters publica um jogo de Fórmula 1 sob a égide da EA Sports. Em F1 2021 já víamos o símbolo da produtora canadiana diligentemente presente nos menus, só neste ano é que parece ter havido uma influência mais forte por parte da EA no título.

A nova era, como tem sido amplamente publicitada pela produtora, faz-se sentir no menu inicial. Além dos vários modos de jogo, vemos uma série de avatares sentados no sofá, enquanto música house toca por trás. Não, não estamos num videoclip de música de 2012; trata-se de F1 Life, a nova funcionalidade que nos permite colecionar alguns dos itens mais luxuosos para exibirmos e mostrar que sabemos viver a vida boémia de um piloto de Fórmula 1.

Em F1 Life, temos um hub, que é exibido no menu principal. Trata-se de uma mansão com várias divisões, que podemos personalizar com decorações e, claro, supercarros. Não estamos a falar das máquinas que conduzimos no Campeonato Mundial; estamos a falar de Aston Martin, Ferrari e afins. São supercarros que podem ficar em amostra na sala de estar, no jardim ou no hall de entrada da nossa casa virtual, mas que também podem ser usados no Pirelli Hot Laps, um novo modo com uma série de desafios para cumprir.

Se é isto que a EA Sports pretende trazer para F1, então é uma decisão bizarra. Não se trata sequer de um pequeno hub pelo qual podemos caminhar livremente à lá PlayStation Home. É uma série de divisões separadas, com avatares de qualidade dúbia a admirar os nossos itens virtuais. A introdução da vida de um piloto, do que está para lá do circuito, é uma boa ideia, mas a execução não foi bem conseguida, e é uma falha ainda mais gritante quando olhamos para o sucesso de Braking Point em F1 2021.

  É possível decorar o Player Hub em F1 Life.

Quem sabe não esquece

A introdução de F1 Life pode ser uma aposta falhada, mas não é algo que prejudique a experiência do jogo no geral. Tentou adicionar algo, não conseguiu, mas também não retirou nada do núcleo de jogabilidade.

Dentro de asfalto, F1 22 continua a ser tão exemplar como a franquia tem sido nos últimos três anos. Uma experiência acessível, porém autêntica, de Fórmula 1. A Codemasters continua a conseguir um equilíbrio brilhante entre os jogadores que querem uma experiência mais leve. Mesmo usando um DualSense, o uso do gatilho adaptativo quando temos o controlo de tração desligado torna qualquer aceleração numa experiência que tem de ser meticulosamente pensada, e que requer sempre nervos de aço, mas que nunca é injusta ou pouco responsiva.

Cada fim de semana de corrida tem uma série de opções quanto à sua duração, com uma adaptabilidade impressionante.

Outro exemplo desta acessibilidade é o leque de opções para o fim de semana de corrida. No Modo Carreira, podemos escolher fazer todas as sessões, desde os treinos livres à qualificação completa, bem como as Sprint Races, ou então podemos encurtar o fim de semana. Para isto, há várias opções intermédias.


Continua…

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