Na passada quarta-feira, dia 5 de outubro, o Conselho Administrativo de Defesa Económica (CADE), do Brasil, aprovou a proposta de aquisição da Activision Blizzard por parte da Microsoft. De modo a sustentar a decisão, o CADE argumentou que a Sony permanece competitiva, mesmo que Call of Duty se transforme num exclusivo, sublinhando que a Nintendo também o consegue fazer.
“Investimentos em conteúdos exclusivos é, e sempre foi, uma componente muito importante na dinâmica competitiva do segmento das consolas“, pode ler-se no relatório emitido pelo CADE.
“Conteúdo exclusivo foi, muito provavelmente, um dos fatores responsáveis por posicionar a PlayStation como líder do mercado de consolas em todo o mundo, por mais de duas décadas, uma liderança que permanece até aos dias de hoje“.
“Com a aquisição de uma editora como a Activision Blizzard, e considerando (teoricamente) o risco de todo o conteúdo por ela distribuído ficar exclusivo à Xbox, é provável que a eventual conclusão desta transação conceda à Microsoft considerável vantagem competitiva no setor das consolas. Ainda assim, a CADE não considera que esta vantagem represente risco de fechar o mercado à concorrência. Tal como já foi comprovado, a Nintendo não tem qualquer conteúdo da Activision Blizzard para competir no mercado“.
“Por seu lado, a Sony tem diversos atributos, forças que a transformam na marca líder há mais de 20 anos, experiência extensiva no setor, maior base de utilizadores, maior base de consolas, catálogo robusto de títulos exclusivos, parcerias com múltiplas editoras terceiras, consumidores fiéis à marca, etc – tudo aspetos que deverão contribuir para que a competitividade da PlayStation permaneça num cenário pós-aquisição, mesmo que tenha de atravessar a perda de acesso aos conteúdos da Activision Blizzard“.
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