O segredo da longevidade da Nintendo Switch

A Nintendo Switch continua a fazer as delícias de todos os jogadores. Mesmo com sete anos de vida, a consola híbrida é uma campeã de vendas, muito graças à sua acessibilidade, portabilidade e claro, ao seu catálogo de jogos, que faz a delícia de pequenos e graúdos.

Como um dos principais nomes da indústria dos videojogos, a Nintendo marcou presença o Meo XL Games e na Lisboa Games Week. Foi no evento da capital que nos cruzámos com Gonçalo Brito, responsável pela comunicação e relações públicas da Nintendo, para fazer um balanço deste ano, e para o que o futuro reserva, marcado pelos inúmeros rumores em torno de uma sucessora para a Nintendo Switch.

IGN Portugal: Gonçalo, estamos quase no final de 2023, qual o balanço que fazes do ano da Nintendo?

Gonçalo Brito: Bem, sem dúvida que tem sido um ano um tanto ao quanto a caricato, no sentido em que é invulgar uma consola com a quantidade de anos que a Nintendo Switch tem, desde que foi lançada, continuar a ter um lineup tão forte. Tivemos muita sorte nesse sentido, da parte dos criadores de jogos, por terem feito jogos tão bons e com tanta variedade, desde o Kirby aos jogos do Mário, as grandes franchises, o Legend of Zelda: Tears of The Kingdom, o super Mario RPG, o Super Mario Bros. Wonder. Há tanta coisa a sair para uma consola como a Nintendo Switch nesta altura. De facto, sinto que fomos “abençoados.”

IGNPT: Inevitavelmente, temos de abordar o futuro da Switch, com a incontornável pergunta em torno da sucessora, que tem feito correr muita tinta, embora não tenha sido nada revelado até agora, pelo menos a nível oficial.

GB: É uma boa pergunta, e exatamente por causa das questões que têm a ver com a confidencialidade e leaks, e todas aquelas coisas do mundo da Internet, nós normalmente só somos informados das coisas muito em cima. Eu próprio estou muito curioso para saber o que é que pode vir.

Uma coisa é evidente. A Nintendo Switch estabeleceu um catálogo muito grande, quase sem precedente na história da Nintendo, em termos de consolas. Portanto, eu penso que o que vem aí irá ser algo que vai construir em cima do que tem vindo a ser feito nestes últimos 7 anos.

IGNPT: Como é que sentes a recepção de Portugal a todos os jogos às consolas e à marca em si?

Tem sido um caminho extremamente interessante, dava um bom documentário porque nós estamos a falar de um país que há 15 anos atrás era 90% PlayStation, porque era a única que investiu cá e investiu muito bem e entretanto, a Nintendo veio para cá há 16 anos e começou a conquistar uma parte do povo português.

Mas sem dúvida que o povo português tem reagido muito bem à Nintendo Switch, porque foi graças à Nintendo Switch que colocaram a Nintendo como um principal player de videojogos em Portugal e campeão de vendas durante algum tempo e atual ainda. Mas mais importante de que é que vende mais ou menos, mostra que há mais gente a jogar e acho que isso é que é importante.

IGNPT: Sentes que então que a Nintendo Switch e é um dos elementos chaves do sucesso da Nintendo em Portugal e no mundo?

Acho que é um produto fantástico, de uma marca que já é só por si fantástica. A Switch veio, sem dúvida, trazer uma grande mais-valia à a marca, uma mais-valia à vida das pessoas e também é por isso vende tanto.

Eu acho que também acabou por expandir mais o próprio mercado de videojogos, o que é bom para a PlayStation, Microsoft etc., porque é uma consola que é mais mainstream e por isso traz novas pessoas aos jogos, pessoas que se calhar jogavam no telemóvel, ou que nem jogavam de todo. De repente começam a comprar, as crianças pedem constantemente consolas aos pais, e eles acabam por experimentar. Acho que trouxe muita gente nova para os videojogos e acho que isso já.

IGNPT: A portabilidade e o impacto que tem nas famílias é um grande fator do sucesso da Switch, na tua opinião?

GB: Ficamos todos a ganhar, vem trazer aquela vontade também da portabilidade e de e de um jogo para Toda A Gente, para toda a família. Sem dúvida não são exatamente.

É importante a parte híbrida da consola, podes jogar em HD em casa, podes levar para a rua, é muito bom para qualquer pessoa, para os miúdos que andam de um lado para o outro, vão para onde quer que seja e levam sempre as consolas com eles e acabam por ter uma companhia didática.

IGNPT: Agora, outra pergunta inevitável, qual é para ti o jogo do ano?

GB: Para mim o jogo do ano, na verdade são dois jogos: É o Tears of The Kingdom e o Super Mario Bros. Wonder. Foram os dois jogos que ocuparam maior parte do meu ano e nível pessoal os que mais joguei e acho que qualquer pessoa que experimente os jogos não pode dizer que não são fantásticos. É um prémio dividido este ano.

IGNPT: E para terminar, que jogo é recomendarias para crianças ou adultos?

GB: Para começar com a Nintendo Switch, recomendaria o Mario Kart ou Super Mario Bros. Wonder. O segundo jogo, para entrar mais seria o TOTK ou Breath of the Wild.


Pedro Pestana é viciado em gaming, café e voleibol, sensivelmente nesta ordem. Podem encontrar alguns dos seus devaneios em @pmnpestana

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