The Sims 4 Cottage Living – Análise

Com o ciclo de vida de The Sims 4 a fechar, Cottage Living apresenta-se como uma expansão a pedido dos fãs. Tira inspiração de jogos como Animal Crossing ou Stardew Valley para dar elementos de vida campestre e rural aos nossos Sims. Apesar de continuar sujeito às limitações do jogo base, é uma das expansões que trabalham melhor dentro desses limites.

Desde os primeiros trailers, a EA mostrou que ia apostar especialmente na estética de Cottage Living. E foi uma aposta bem sucedida. Embora ninguém na IGN Portugal tenha uma especialização em design de interiores, é fácil perceber que as mobílias rústicas, predominantemente em madeira, se inserem na perfeição na nova cidade de Henford-on-Bagley. Das mesas às cadeiras aos preenchimentos de chão, é possível criar a nossa própria versão de uma tradicional casa campestre.

E, por falar em Henford-on-Bagley, esta entra facilmente na lista das melhores cidades em The Sims 4. Não só pelo visual, mas também pela profundidade de jogabilidade que acrescenta. Uma das principais críticas a outras localizações do jogo era a superficialidade. O exemplo mais gritante foi na cidade Del Sol Valley, da expansão Get Famous, que apesar de um visual apelativo apresentava um número reduzido de lotes e atividades. Em Henford-on-Bagley, temos um pub da cidade, onde podemos falar com os conterrâneos, zonas rurais com segredos para explorar, e acima de tudo personagens interessantes para conhecer.

Isto porque Cottage Living traz de volta o lore a Sims. Existem histórias pré-estabelecidas entre algumas personagens e até uma hierarquia em Henford-on-Bagley. Podemos conhecer a mayor da vila, Lavina Chopra, e perguntar se ela tem alguns recados (Errands) para nós. Consistem em tarefas pequenas, como pescar um peixe no lago ou entregar uma prenda a alguém, pelas quais somos recompensados com Simoleões e itens especiais.

Além disso, Cottage Living marca o regresso de Agnes Crumplebottom, a icónica personagem presente desde o início da franquia. Ao fazer a análise, foi possível vê-la como vendedora numa banca de produtos agrícolas, mas é preciso ter cuidado, porque a Senhora Crumplebottom não gosta de demonstrações públicas de afeto…

Bem vinda de volta, Agnes.

Uma enxada na mão

Saímos da vila e vamos para casa. Aqui, Cottage Living revela as suas maiores forças e fraquezas. Comecemos pelos pontos fortes: a expansão introduz um novo traço para os lotes: Simple Living (vida simples). Com este traço, apenas se pode cozinhar as receitas para as quais temos ingredientes. Se queremos fazer ovos com bacon, precisamos de colher os ovos das galinhas; se queremos fazer um bolo, precisamos de farinha e leite, que podemos tirar da vaca. Em alternativa, também podemos encomendar os ingredientes, que são depois entregues num saco de papel por um estafeta.

Por falar em vacas e galinhas… sim, há vacas e galinhas. E lamas. E coelhos. E raposas. E pássaros. Cottage Living introduz um leque de animais selvagens digno de um filme da Branca de Neve. E, tal como fizeram com a icónica personagem da Disney, também estas criaturas nos podem ajudar na quinta. Comprando um celeiro, é possível adquirir uma vaca ou um lama. A vaca fornece leite, com diferentes características consoante a alimentação e tratamento que recebe. Podemos receber, por exemplo, Enriched Milk, que ajuda os Sims a aumentar as suas capacidades mais rapidamente. O lama serve para proteger as galinhas das raposas selvagens que as tentam atacar.

Também fornece lã, cuja cor muda consoante os biscoitos que lhe damos. Já o galinheiro pode conter galos, galinhas e pintainhos. Fornece ovos, que podem ser utilizados na cozinha ou chocados, para gerar mais pintainhos. Fora da quinta, temos então os pássaros, os coelhos e as raposas. Os pássaros e os coelhos têm sistemas semelhantes: encontram-se em pequenos troncos, e podemos aproximar-nos deles para tentar socializar.

Através de prendas, é possível ganhar a confiança deles e comprar um destes troncos para casa. Com amizade suficiente, os pássaros e coelhos podem ajudar na nossa quinta, evitando infestações e ajudando as plantas a crescer. Finalmente, temos as raposas selvagens, que passeiam pelo mapa e que podem entrar na nossa quinta. Se não tivermos cuidado, até podem matar as nossas galinhas e roubar os seus ovos. A quinta da IGN Portugal ainda recorda com tristeza os ataques da Raposa Coral, que ceifaram a vida do Galo Barcelos. A melhor opção é mesmo travar amizade com estes animais, e formar um pacto de não agressão.

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