MLB The Show 22 – Análise

MLB The Show 22 marca o regresso da franquia anual dedicada à Major League Baseball, a liga norte-americana de basebol. Marcou também a minha primeira experiência com um jogo de basebol desde a geração da PlayStation 2. No âmbito desta análise, vasculhei a minha arrecadação, as brumas da memória e estive para perguntar aos egrégios avós se sabiam onde tinham colocado o obscuro jogo de basebol que experimentei com oito anos de idade, mas não o consegui encontrar.

Recordações de infância à parte, começo esta análise por admitir que a faço do ponto de vista de alguém que nunca foi o maior fã de basebol. Salvo raras exceções, como o escândalo dos Houston Astros em 2018 ou os clips caricatos de Munenori Kawasaki (que deixo em baixo para conferirem, naquilo que considero uma ação de serviço público), nunca me mostrei particularmente fã do desporto que é conhecido como o Passatempo Nacional Americano.

Por isto mesmo, via com algum receio a entrada em MLB The Show. É uma série que sempre foi considerada uma das franquias mais competentes no que toca a videojogos de desporto, e a principal referência das últimas duas gerações de consolas no que toca ao basebol. Acreditava que o jogo já tinha uma base de fãs sólida e por isso não se preocupava com facilitar a entrada de novos utilizadores.

O caso é precisamente o contrário. MLB The Show 22 acolhe novos jogadores com uma eficácia ímpar, quer em jogos de futebol, basquetebol ou futebol americano. Explica as posições, as principais mecânicas de jogo e as próprias regras de desporto através de um tutorial eficaz que surge quando iniciamos este título pela primeira vez. Ficamos a conhecer os mínimos para ser lançador, batedor e jogador de campo, enquanto ficamos a perceber melhor o que cada elemento da equipa faz.

Ao fim de 30 minutos, embora ainda estivesse longe de perceber todos os conceitos e mecânicas, já me sentia mais familiarizado com o desporto do que nunca. Por isso, decidi mergulhar no modo Road to The Show e, com a minha personagem retirada diretamente dos anos 80, fiz-me ao diamante.

No Road to The Show, começamos como um jogador na liga AA, os escalões inferiores do basebol americano. Podemos escolher ser um lançador, um batedor ou um Two-Way Player – a última opção é a melhor para principiantes, ajudando o jogador a familiarizar-se com os dois aspetos do basebol. Este modo contém uma série de elementos RPG, permitindo-nos aumentar os atributos do atleta à medida que progredimos pelas divisões.

Road to The Show é o Modo Carreira de MLB The Show 22… e posso dizer com segurança que tem a maior seleção de penteados questionáveis dos anos 70 e 80.

É uma excelente forma de ficarmos confortáveis com as mecânicas do jogo, para depois irmos às outras opções ou até começarmos uma nova carreira apenas como batedor ou lançador. As mecânicas de batedor foram as que achei mais interessantes, procurando o esquema que se adequava melhor às minhas capacidades.

Há várias opções de comandos, quer para lançador ou batedor. Umas são baseadas no timing, outras na posição, etc. É muito fácil encontrarmos uma opção que se adeque à nossa jogabilidade e mantenha a tarefa interessante.

No modo Franchise, já teremos mais coisas com que nos preocupar, se assim desejarmos.

Depois de algumas jornadas (e tutoriais online) do Road to The Show, sentia-me confortável o suficiente para mergulhar no Franchise Mode. Isto abre outra vertente de jogabilidade: a gestão de equipa. Como em todos os desportos americanos, o sistema de contratos, salary caps, trocas de jogadores e draft picks é difícil de compreender para alguém que acompanha desporto sobretudo no Velho Continente.

MLB The Show 22 evita que o jogador fique assoberbado dando opções mais casuais. Há três campos que podemos definir como manuais ou automáticos: Jogabilidade, Gestão da Equipa (contratos, drafts, olheiros, staff, etc.) e Gestão do Plantel (substituições, alinhamentos, etc.).


Continua…

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